Prefeitura de Taguatinga se diz prejudicada com dívidas de antigos gestores

Taguatinga não consegue créditos estaduais e federais visto que a prefeitura se tornou ré em uma ação da Caixa Econômica Federal

O município de Taguatinga, no sudeste do Estado, vem enfrentado sérios problemas conforme o prefeito do município, Altamirando Zequinha Gonçalves (PV), conhecido como Miranda, para conseguir operações de créditos estaduais e federais. Visto que a prefeitura de Taguatinga se tornou ré em uma ação da Caixa Econômica Federal.

 

“O município de Taguatinga já foi muito penalizado e hoje nós sofremos as consequências dos atos praticados por gestões anteriores, principalmente do interino” disse o prefeito ao T1 nesta segunda-feira, 29.

 

De acordo com Miranda, isso ocorreu porque o ex-gestor da cidade, Lindoma Almeida da Silva, que foi prefeito interino por seis meses em 2017, não repassou ao banco os consignados dos servidores municipais que eram descontados em folha de pagamento até o 5º dia útil de cada mês. Essa dívida passa dos R$ 300 mil.

 

Além do prejuízo para Taguatinga, que terá que pagar juros e multas pelo não repasse obrigatório, conforme a Ação impetrada pela Caixa, o ato “foi nefasto e faz sofrer” com o dano os próprios servidores devido à inadimplência de seus nomes, ficando impedidos de contrair quaisquer créditos.

 

Ainda de acordo com o prefeito atual, o gestor que estava antes de Lindoma, o ex-prefeito Eronides Teixeira de Queiroz, também não repassava os consignados e, portanto, a dívida pode passar dos R$ 600 mil.

 

Valores retidos dos salários e não pagos à Caixa por Lindoma conforme denúncia:

 

-R$ 81.979,82, que eram para ter sido pagos em 15 de abril de 2017. Atualizado totaliza R$ 93.372,55;

-R$ 81.684,18 – 15 de maio de 2017. Atualizado totaliza mais R$ 92.335,99;

-R$ 81.684,18 – 14 de junho de 2017. Atualizado totaliza R$ 91.482,20.

 

Para que o município não continue a ser penalizado, Miranda ressaltou que o jurídico da prefeitura está tomando “todas as providências necessárias para fazer a defesa junto a justiça nessa causa da Caixa Econômica”.

 

Salários e dívidas atrasados

 

Miranda denuncia, além dos consignados, dívidas que sua gestão teve que assumir na casa de R$ 30 milhões, entre precatórias, salários atrasados e pagamento de fornecedores, não pagas nas gestões passadas.

 

O T1 Notícias tentou contato com a Câmara Municipal de Taguatinga, mas até a publicação desta matéria o telefonema não havia sido atendido. 

 

Entenda

 

A Justiça determinou, após as eleições de 2016, que o presidente da Câmara de Taguatinga, Lindoma Almeida da Silva (MDB), assumisse interinamente a Gestão até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) jugasse o pedido de Paulo Roberto (PSD), que teve os votos anulados, dias antes do pleito, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE).

 

Paulo Roberto venceu as eleições de 2016, mas estava inelegível devido a ilegalidades cometidas durante sua gestão no município entre 1997 e 2004, quando foi gestor da referida cidade.

 

Com recurso do ex-prefeito rejeitado pelo TSE, uma nova eleição foi marcada e Altamirando Zequinha foi eleito prefeito de Taguatinga no dia 4 de junho de 2017 e tomou posse no dia 23 do mesmo mês.

 

 

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