Presa há oito meses, advogada de Araguaína é condenada a 18 anos de detenção

A advogada foi presa em junho do ano passado, por policiais civis da Delegacia Estadual de Investigação Criminal, durante a Operação Fênix

Elza da Silva Leite foi presa durante a Operação Fênix
Descrição: Elza da Silva Leite foi presa durante a Operação Fênix Crédito: Foto: Divulgação

Presa há oito meses, a advogada de Araguaína Elza da Silva Leite, de 31 anos, foi condenada ontem, 16, a 18 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de associação para o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Na decisão, o juiz Antônio Dantas determinou que Elza não poderá recorrer do processo em liberdade.

 

A advogada foi presa em junho do ano passado, por policiais civis da Delegacia Estadual de Investigação Criminal, durante a Operação Fênix. A advogada foi presa quando chegava à unidade prisional para visitar um cliente que cumpre pena no presídio. A suspeita negou todas as acusações feitas pela polícia.

 

Além da advogada, outras duas pessoas também foram condenadas no processo. Conforme a decisão, a advogada também responderá por utilizar de sua função para auxiliar presos da Unidade prisional de Barra da Grota a movimentar o dinheiro para o tráfico.

 

Entenda o caso

As investigações começaram ainda em 2015 e a polícia descobriu que Elza supostamente beneficiava, de diversas formas, organizações criminosas instaladas dentro da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota.

 

Segundo o inquérito, mesmo com a prisão de suspeitos por tráfico de drogas a rede de venda e distribuição de entorpecentes movimentada por eles continuava através de suas esposas e companheiras, supostamente apoiadas pela advogada que atuava na falsificação de certidões de união estável, para que essas mulheres pudessem ter acesso direto aos membros de facções criminosas dentro do presídio. Elza também supostamente obtinha vantagem financeira para providenciar documentação necessária para confecção de carteirinhas de visitantes dos reeducandos do presídio.

 

A investigação aponta ainda indícios de uma suposta participação de Elza em esquema de lavagem de dinheiro. Os agentes da Deic também constataram que a advogada supostamente recebeu vantagem financeira para vender moedas estrangeiras (Dólar, Euro, Pesos etc.), as quais são oriundas de uma assalto praticado contra uma casa de câmbio, na cidade de Anápolis (GO). Na oportunidade, um dos assaltantes teria repassado parte das moedas roubadas, para que Elza as revendesse.

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