O que Joinville/SC e Gurupi/TO têm em comum além dos seus times de futebol que vão se enfrentar na Copa do Brasil nesta quarta, dia 15? É que nas duas cidades, tão distantes geograficamente, há uma forte união para salvar vidas, coordenada pela Fundação Pró-Rim, uma instituição joinvilense que completa 30 anos e que desde 2007 mantém importante unidade em Gurupi, na região Sul do Tocantins. Profissionais e pacientes de Gurupi, a exemplo do que foi realizado em Joinville, irão levar prevenção no intervalo do jogo, deste dia 15, em Gurupi.
A instituição joinvilense que também atua em Gurupi conta com uma completa equipe multidisciplinar que inclui médicos e enfermeiros especialistas. Neste município são atendidos 108 pacientes em mais de 1.300 sessões de hemodiálise por mês. Atua dentro do Hospital de Referência de Gurupi, com os tratamentos subsidiados pelo Sistema Único de Saúde, SUS.
Na Pró-Rim, assim como no futebol, temos muitas histórias de superação e força de vontade. Como é o caso do jovem Duílio Ferreira de Oliveira, de 29 anos. Desde pequeno teve que encarar de frente a possibilidade de desenvolver diabetes e foi o que aconteceu aos 12 anos, quando foi orientado a procurar uma atividade física para ajudar no controle da glicemia. "Aos 15 anos ganhei gosto pelo futebol, comecei jogando e depois me tornei goleiro", conta. Duílio começou a treinar na Associação de Futebol Atlética de Gurupi, Afagu, com o tempo a doença começou a prejudicá-lo durante os jogos, foi quando, "fui convidado para treinar os goleiros da sub-15, adorei a ideia pois continuaria pertinho do que adoro fazer".
Mas, em 1º de janeiro de 2010, ele passou mal, foi ao hospital e recebeu a notícia que seus rins foram prejudicados devido a diabetes, "quando somos novos, pensamos que não precisamos nos cuidar tanto, se pudesse voltar no tempo, teria seguido corretamente cada instrução dos médicos", comenta.
Alguns dias depois de passar mal ele começou o acompanhamento com os médicos nefrologistas da Fundação Pró-Rim em Gurupi. "Precisei começar a fazer hemodiálise três vezes na semana, apesar de ter me assustado, sei que foi o melhor pra mim. Hoje tenho qualidade de vida e estou avaliando a possibilidade de me inscrever em uma lista de transplante". Apesar disso, o ex-goleiro continua acompanhando os jogos de futebol pela televisão. "Aprendi a gostar de outras coisas, como tocar percussão e esse ano minha meta é aprender a tocar bateria", comenta feliz.
Além dessa história, dois pacientes de Gurupi foram transplantados em Joinville e ganharam mais qualidade de vida. Jeferson Ferreira Varanda, de 22 anos é um deles e fez o transplante em 2012. “A partir daí a minha vida mudou completamente e decidi morar em Joinville, mesmo longe da família. Agora pretendo cursar Psicologia ou Direito”, planeja.
Por: Daniella de Oliveira Valin (Comunicação e Marketing - Fundação Pró Rim)
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