Professores da rede municipal de ensino de Carrasco Bonito ameaçam deflagrar greve nos próximos dias caso o prefeito, Carlos Alberto Rodrigues, não atenda às reivindicações da categoria.
De acordo com os servidores, o gestor estaria favorecendo professores que apoiaram sua candidatura em 2011 e prejudicando quem apoia candidatos ao governo do Tocantins, contrários à reeleição de Sandoval Cardoso, apoiado por Carlos Alberto.
Em nota encaminhada ao T1 nesta terça-feira, 09, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), de Carrasco Bonito, disseram que o prefeito manteve os professores que o apoiaram na candidatura, com carga horária de 40 horas semanais e reduziu os demais para 30 horas semanais, alegando readequação de despesas da Prefeitura.
A presidente do Sintet regional de Augustinópolis, Coraci Paula de Melo Lopes, explicou que o pagamento da Data Base dos professores está em atraso desde o mês de maio. “O prefeito fez uma proposta para que os professores abrissem mão do 13º salário atrasado, desta forma ele pagaria a Data Base atrasada. Isso é inconstitucional e não vai chegar nem a ser discutido entre a categoria”, destacou Coraci.
A presidente do Sintet disse ainda que os professores se manifestaram nesta segunda-feira, 08, nas ruas da cidade, juntamente com alunos e populares da comunidade e formaram também um pelotão do Sintet no desfile cívico, em homenagem à Independência do País, que em Carrasco Bonito aconteceu nesta terça-feira, 09.
Prefeito nega favorecimento e alega perda de alunos na rede municipal
Por telefone, o prefeito de Carrasco Bonito, Carlos Alberto Rodrigues, disse ao T1 Notícias que não está favorecendo professores que o apoiaram porque “o voto é secreto e não tem como saber quem votou ou não”. De acordo com o gestor, a mudança de carga horária se deu porque as escolas municipais estão perdendo alunos, e “quem tem mais alunos tem que ficar com carga horária maior”.
O prefeito disse ainda que não está conseguindo cumprir com o pagamento da Data Base porque está resolvendo pendências de quatro meses de salários atrasados desde que assumiu a gestão, em 2012. "Os professores ficaram sem receber por quatro meses antes da minha gestão. Me comprometi em pagar os meses atrasados e agora só falta o 13º, por isso não consegui pagar a Data Base ainda, não temos receita o suficiente", alegou.
Quanto à proposta para os professores abrirem mão de receber o 13º salário atrasado em troca do pagamento da data base, Carlos Alberto disse que não se lembra de ter feito essa proposta.
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