Professores de Piraquê fazem greve por pagamento de piso nacional

Eles exigem o cumprimento do piso salarial da categoria e dizem que greve é por tempo indeterminado. Prefeito fala que recebeu o município um caos e que líderes da greve receberam pagamentos em dia.

 

Quarenta e cinco professores municipais de Piraquê entraram em greve nesta quinta-feira,14,  exigindo o pagamento do piso salarial nacional da categoria, que é de R$ 1.567,00. De acordo com a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), Maria Eunice da Conceição Silva, além de não pagar o piso da categoria, a Prefeitura reduziu o salário dos professores para R$ 1.100,00.

 

A diretora sindical afirmou que a categoria havia dado um prazo de dois meses para que a atual administração cumprisse a legislação e o Plano de Cargos e Salários. “Entendemos a situação do município, mas os servidores não podem ser prejudicados”, afirmou a diretora do Sintet, acrescentando que a greve é por tempo indeterminado.

 

Prefeito fala em caos

O prefeito de Piraquê, João Batista Nepomuceno Sobrinho (PSDB), informou ao Portal T1 Notícias que encontrou o município em um “verdadeiro caos”. “Recebi uma dívida de mais de 1 milhão de reais, salários atrasados, hospital municipal fechado, estradas e escolas para dar manutenção”, afirmou.

 

Segundo o gestor, o município já extrapolou os limites de gastos estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “Tenho que tomar medidas de contenção de gastos. Por isso reduzi a carga horária dos professores e paguei o salário conforme a carga horária de 30 horas semanais, baseado no piso da categoria”, informou João Batista.

 

Líderes receberam salários

O prefeito argumentou também que no setor da educação o município conta com 41 professores e 58 merendeiras para atender a 280 alunos.  “Todos os líderes dos movimentos que representam o sindicato receberam salários de novembro, dezembro e 13º salários, enquanto que os demais professores não receberam”, informou.

 

Ainda de acordo com João Batista, o município tem 250 servidores concursados para uma população e 3,8 mil habitantes. “Para atender aos moradores não seriamnecessários mais que 100 servidores”, argumentou.

 

O prefeito afirmou ainda que o município tem receita anual média em torno de R$ 400 mil. “Em fevereiro, descontadas todas as pendências do município com INSS, sobrou apenas R$ 13 mil do Fundo de Participação dos Municípios”, afirmou.

 

 

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