A humanização do parto e do nascimento permeiam todas as discussões do I Seminário de Integração do Cuidado Responsável em Saúde Materno-infantil que acontece nesta quinta e sexta, 7 e 8, no Auditório Cuica, na Universidade Federal do Tocantins (UFT). Durante a abertura, os gestores e profissionais de saúde que compuseram a mesa fizeram questão de frisar os avanços obtidos e os desafios a ser enfrentados.
O secretário municipal de Saúde, Nésio Fernandes, lembrou a evolução da residência obstétrica na Capital. “Quando criamos a residência obstétrica era um desafio gigantesco e muitos achavam que não daria certo, mas fomos avançando para modificar as práticas profissionais e vejo que hoje estamos avançando cada vez mais”, disse, fazendo questão de enaltecer o comprometimento dos profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS). “Quando se trata de construir o SUS é necessário lembrar que por trás das práticas de cuidados temos profissionais, cada um com sua história, dispostos a construir práticas que empoderem também o usuário”, destacou.
Para o presidente da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp), Whisllay Bastos, a realização do seminário demonstra o protagonismo dos profissionais da rede. “Temos inúmeros desafios nessa área e que esses dois dias sejam para refletir e adquirir conhecimento para melhorar o nosso trabalho para que o atendimento seja melhor”, frisou.
O diretor técnico do Hospital e Maternidade Dona Regina, o médico obstetra José Manoel Batista, acrescentou que propor a integração do cuidado significa “falar a mesma língua, resultando na melhora da qualidade do serviço, e a residência obstétrica tem proporcionado isso”.
Lembrando o início da pediatria no Tocantins, o médico pioneiro Hélio Maués, que hoje preside a Sociedade Brasileira de Pediatria no Estado (SBP/TO), afirmou que o nascimento seguro é fundamental. “Quando era residente em Pediatria aprendi que o primeiro minuto de vida de qualquer pessoa é o mais importante. Por isso, não devemos falar só em humanizar o parto, mas o nascimento também. Hoje 90% dos bebês nascem sem problemas, mas 10% vão precisar ser reanimados. Estamos falando em prevenção, em salvar vidas com qualidade”, disse referindo-se à presença de médicos neonatologista na sala de parto, uma realidade no Hospital Dona Regina. “Não é um luxo, mas uma garantia que nossos bebês vão ter esse cuidado.”
A diretora geral do Hospital Dona Regina, Débora Petry, destacou que a temática do seminário veio ao encontro dos anseios da instituição. “O Dona Regina é referência para todo o Estado em muitos atendimentos altamente especializados. Temos muitos problemas, muito o que melhorar, mas temos profissionais com garra, dispostos a vencer esses desafios”, disse Débora, destacando ainda que a Residência em Enfermagem Obstétrica é uma grande conquista para o hospital e para as mães e bebês atendidos.
A programação do seminário segue no período da tarde desta quinta, 7, e durante toda a sexta, 8, na UFT. O evento é uma realização da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp) e da Secretaria Municipal de Saúde conta com o apoio dos residentes do curso de Enfermagem Obstétrica
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