Projeto Kinsa Kindezi promove formação em capoeira angola e cultura afro-brasileira

O evento ofereceu aulas teóricas e práticas sobre a história, a filosofia e a musicalidade da capoeira angola, além de vivências em terreiros de candomblé e rodas de conversa

Crédito: Divulgação

Alunos do Projeto de extensão Kinsa Kindezi da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) participam nesta semana do projeto em capoeira angola e cultura afro-brasileira. Realizado em parceria com o Instituto Bantu e o grupo de capoeira angola Alagbedé Tocantins e com o apoio da Fundação Cultural Palmares, o evento, denominado Ginga e Formação Comunitária, ocorreu entre os dias 5 e 15 e ofereceu aos 12 alunos participantes aulas teóricas e práticas sobre a história, a filosofia e a musicalidade da capoeira angola, além de vivências em terreiros de candomblé e rodas de conversa sobre as relações raciais no Brasil.  

 

A coordenadora do Projeto Kinsa Kindezi, professora Kamila Gomes, que é mestra em Ensino das Relações Raciais, treinel de capoeira angola e Kota no terreiro de candomblé Kongo Angola, destacou a importância da formação para os alunos do projeto, que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

 

"Essa formação é uma oportunidade de ampliar os horizontes dos nossos alunos, de fortalecer a autoestima e a identidade deles, de valorizar a cultura afro-brasileira e de promover o respeito à diversidade. A capoeira angola é mais do que uma arte marcial, é uma forma de educação, de resistência e de transformação social", afirmou.

 

Referência nacional em capoeira angola, o coordenador do Instituto Bantu, o Mestre Roxinho, elogiou a iniciativa do Projeto Kinsa Kindezi e ressaltou a relevância da capoeira angola como patrimônio cultural imaterial da humanidade.

 

"A capoeira angola é uma manifestação cultural que nasceu no Brasil, fruto da luta e da sabedoria dos povos africanos escravizados. Ela representa a nossa ancestralidade, a nossa memória e a nossa identidade. É uma honra poder compartilhar esse conhecimento com os alunos do Projeto Kinsa Kindezi, que são o futuro da nossa sociedade", disse.

 

O evento também contou com a presença dos artistas tocantinenses Diego Brito e Ester Monteiro, que realizaram apresentações musicais, e do documentarista José Akashi, que registrou as atividades em vídeo.

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