“Hoje eu me sinto de fato e de direito um produtor rural”. A declaração é do jornalista e técnico agropecuário, Davino Pereira de Lima Júnior. Ele celebra a transformação que ocorreu na propriedade da família, no município de Araguatins, na região do Bico do Papagaio, no Tocantins.

O jovem produtor assumiu os negócios da família a pouco tempo porque constatou que os pais precisavam de ajuda para tocar o rebanho e tornar a fazenda lucrativa. Foi aí que Davino resolveu retornar ao lar, depois de deixar a família para seguir a carreira no jornalismo.
“A gente mexia com leite, cria, recria, tudo misturado numa propriedade pequena que não comportava todas essas atividades. A gente tava pagando pra propriedade rodar. Foi aí que procuramos o Senar”, conta ele.
Segundo técnico de campo Luiz Felipe Guimarães, foi necessário fazer uma reviravolta na fazenda Murici. Correção do solo, seleção do plantel, definição da atividade e outras práticas foram fundamentais para proporcionar os resultados que Davino Jr e a família comemoram hoje.
“O rebanho não tinha uma genética muito boa, então o produtor decidiu vender grande parte dos animais e adquirir outros com melhor genética, ajustando também a taxa de lotação”, explicou.
Para o produtor Davino Pereira, o filho conduziu bem os trabalhos e o resultado é visível: “o gado que nós temos agora tá bonito, com o pelo limpo, dá gosto de ver”, disse ele. A esposa dele e produtora Maria Sebastiana Pereira Lima também está satisfeita. “O melhor entusiasmo e ver a produção que a gente tem agora”, afirmou.
A família tem hoje na bovinocultura de corte a principal fonte de renda, atividade que exercem desde 2019 quando adquiriram a propriedade e decidiram se mudar da cidade de Augustinópolis para a zona rural de Araguatins.
Se no início não havia um controle eficiente dos gastos e nem a certeza do que tinham de resultado, hoje, com a assistência técnica do Senar, os produtores sabem na ponta do lápis o que estão conseguindo ganhar com o gado.
“Para cada R$ 10,00 bem investidos, voltam R$ 20,00 ou até R$ 30,00. Quando você anota, prova para si mesmo que funciona”, disse o produtor.
A propriedade aplica práticas modernas de pecuária de corte, com manejo simples e eficiente, garantiu o supervisor do Senar, Ricieri Aguiar. Segundo ele, além do ganho econômico, há também o impacto social, com a melhoria da qualidade de vida da família com uma produção sustentável mesmo em uma área considerada pequena para gado.
“Nós demos o primeiro passo, mas foi com o SENAR que definimos para onde queremos ir. Hoje tenho confiança no que estamos fazendo, sem receio, porque vejo que funciona. No período da seca o gado não sofre, a lotação está correta e isso é resultado de boa orientação técnica e gerencial’, concluiu Davino Jr.
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