Os representantes das cooperativas de transporte intermunicipal se reúnem na manhã desta quinta-feira, 17, para definir as rotas que vão ser feitas em Palmas. Sobre a questão do buscar e levar o passageiro em casa, Wesley da Van disse que após a reunião de ontem com a gestão municipal e os representantes dos taxistas e mototaxistas a planilha apresentada pelos taxis é inviável, pois o custo acabaria sendo repassado ao usuário.
“Como na segunda-feira [21] tem que estar resolvido, nós vamos resolver a questão das rotas, mas não sei se os taxistas vão aceitar a proposta que vamos dar sobre buscar e levar o passageiro”, ressaltou Wesley, que é empresário do transporte alternativo.
Segundo ele, a proposta apresentada nesta quarta pelos taxistas é de dar um desconto de 20% do valor cobrado no taxímetro, o que seria inviável. “Hoje nós equacionamos esse custo de buscar e levar dentro da tarifa da passagem e nosso custo hoje gira em torno de R$ 6”, informou.
Como a tarifa do taxi é mais alta do que os R$ 6, Wesley disse que a proposta feita pelas vans é da possibilidade de se cobrar R$ 10 por endereço. “Estamos dispostos a aumentar esse custo e diminuir ainda mais o nosso lucro para repassar ao taxi”.
Para manter a qualidade no serviço oferecido, Wesley falou da necessidade de se manter as rotas para buscar o passageiro e levá-lo até o ponto de embarque independente de quantos passageiros sejam na região. “Se são três passageiros, dois na região Norte e um na região Sul, o taxista teria que buscar os dois da região Norte e o que está na Sul. Nesta rota ele vai ganhar R$ 30, por exemplo”, explicou Wesley ao se mostrar preocupado se o motorista do taxi vai aceitar que seja feito dessa forma.
Neste sentido o representante dos empresários do transporte alternativo informou que a proposta vai incluir um contrato com os taxistas para garantir que o serviço seja realizado. “Se ele tiver que buscar um passageiro apenas e ganhar R$ 10 queremos ter a garantia de que ele irá mesmo”, pontuou.
Demissões
Com a mudança no sistema, Wesley relatou que cerca de 40 funcionários das cooperativas serão demitidos. “As pessoas que trabalham conosco, está todo mundo chorando. Não temos como manter um quadro tão grande sem ter o que fazer”, explicou, ao exemplificar que o responsável por buscar e levar os passageiros e quem marca as passagens, por exemplo, não vão mais trabalhar pois não será mais necessário.
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