Quase um ano após morte de ex-prefeito, família contrata investigação particular

As investigações particulares já estão em curso e a família pretende, dessa forma, obter as respostas que, segundo ela, não estariam sendo fornecidas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Família e amigos fazem constantes protestos.
Descrição: Família e amigos fazem constantes protestos. Crédito: Divulgação-PortalLT

Insatisfeita com a demora de respostas quanto à investigação do assassinato do ex-prefeito de Miracema do Tocantins, Moisés da Sercon, a família dele resolver contratar investigadores particulares. Segundo o irmão mais velho de Moisés, Fidel Costa, em 30 de agosto completa um ano de morte e a família cansou de esperar por respostas que não chegam.

 

 

As investigações particulares já estão em curso e a família pretende, dessa forma, obter as respostas que, segundo ela, não estariam sendo fornecidas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). “Nada é esclarecido pelo Estado. Fazem reuniões conosco e nunca dizem nada de concreto, não apontam nada e fica este descaso”, reclama Fidel.

 

 

Segundo ele, o irmão perdeu a vida de uma forma misteriosa, assim como outros dois prefeitos tocantinenses sofreram atentados também em um prazo de um ano. “A morte do meu irmão é um mistério, além de um crime covarde. Ele era um prefeito que obteve expressiva votação nas eleições e vinha fazendo um bom trabalho”, lembra.

 

 

Fidel reclama que as respostas quanto ao assassinato do irmão não devem ser dadas apenas à família, mas a população do Tocantins, pois um crime desta natureza não pode ficar sem respostas por parte do poder público.

 

 

A decisão de se contratar investigadores particulares residentes fora do Tocantins, deu-se em um encontro da família recentemente, que reuniu membros que moram em Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Pará, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Federal. “Foi quando decidimos dar um basta nessa demora por respostas, sem interferências políticas ou o quer que seja”.

 

Fidel Costa diz que a família não quer vingança, apenas que a Justiça prevaleça. Com os resultados das investigações particulares, a família quer acionar diretamente o Poder Judiciário do Tocantins, o Ministério Público Estadual e o ministro da Justiça, Sérgio Moro. “Se até lá, a Polícia Civil já tiver esclarecido, tudo bem. Mas, caso não, vamos investigar até chegar ao fim desse mistério, pois mataram um homem, um prefeito no exercício de seu mandato”.

 

Esta não é a primeira vez que a família do ex-prefeito se manifesta publicamente quanto a falta de respostas sobre a morte dele. Em 1º de março deste ano fizeram protesto em frente ao Palácio Araguaia, pedindo justiça. Eles também já fizeram manifestação no Ministério da Justiça, em Brasília, cobrando por mais agilidade no desfecho do crime.

 

Entenda

 

No próximo dia 30 completa 11 meses que o prefeito de Miracema foi assassinado. O crime aconteceu no dia 30 de agosto do ano passado. Moisés da Sercon foi encontrado morto dentro de seu veículo, uma caminhonete Hilux Branca, a cerca de 500 metros da BR-153, em uma estrada vicinal que liga Miracema à cidade de Rio dos Bois. 

 

Quando a polícia chegou ao local, o prefeito já havia falecido e os militares constataram que ele estava com um tiro na cabeça e uma arma de fogo em seu colo. O gestor estava sentado no banco do passageiro. A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP) instituiu uma força tarefa para investigar a morte do prefeito. 

 

Procurada pela reportagem, a SSP disse novamente, apenas, que a investigação está em andamento.

 

 

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