Tradicional evento que antecede o Carnaval de Taquaruçu, distrito de Palmas, a Queima dos Tambores 2025 do Instituto TabokaGrande acontece neste sábado, 22, a partir das 19 horas. Com parceria da Oca do Vento, a programação começa antes da queima com os Alaurçu, que é quando o Boneco Gigante Amarelo e Cavalim percorrem as ruas para convidar os moradores e os comerciantes.
O ritual da queima inicia às 19 horas e contempla e contempla cinco ritos: acender o Turimbo (um tronco de madeira e barro em se queimam os pedidos feitos pelos presentes de tudo que é ruim para ser transformado em coisas boas); queima dos troncos (quando se faz a modelagem dos troncos de madeira no Turimbó para finalizar o processo de construção dos tambores); cantos e causos; consagração dos Tambores e evocação do Capoeboicongo (chama o ritmo capoeboicongo pelo canto e mistura raízes capoeira de boi e congados).
A cerimônia é concluída com uma Cantoria em Capoeboicongo com a banda TabokaGrande e convidados do Mestre Wertemberg Nunes, entre os quais Magoo e Banda Urtiga, Marcelo Linares, Pagode Roco e Enes D ́Arc.
Saiba mais:
A arte e a persona destes tambores de capoeboicongo são feitas pelo Mestre Wertemberg Nunes e sua família. A Queima dos Tambores vem ao longo dos
anos se constituindo numa experiência turística cultural do Capoeboicongo, com toda arte criativa dos tambores e do ritmo voltada para visitantes e moradores de Taquaruçu.
O capoeboicongo, base fundamental da cultura tabokagrande com suas manifestações inspiradas na cultura tupi-afro-amazônica dos Gigantes de Palmas em Taquaruçu, tem no evento Queima dos Tambores a consagração de novos instrumentos resultantes do processo de transformação e purificação de troncos de madeira, que serão instrumentos musicais.
Histórico da Queima dos Tambores
A Queima dos Tambores, um dos eventos principais da cultura TabokaGrande onde apresentam-se todo processo de transformação e purificação dos troncos de madeira que viram os tambores de capoeboicongo. A Queima começou no ano de 2002 é um ritual de purificação e transformação por meio do elemento natural o fogo, dá origem aos tambores artesanais de troncos de madeira e barro, bem como o ritmo Capoeboicongo (mistura de capoeira, boi e congo). Começa com o rito de acender o Turimbó (“Turi” a rocha a fogueira em tupi e junção de "curi" (pau oco) e "m’bó" furado) essa espécie de fornalha de barro ou madeira é onde se modela e afina os tambores artesanais de capoeboicongo. No turimbó são feitos pedidos de transformação do que está ruim para algo bom, e na força do fogo presente, cantam-se os mitos da “Aldeia TabokaGrande” além de canções de raízes populares das brincadeiras de Boi, da Capoeira e do Congo.
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