Saúde orienta em comunicado sobre como agir em caso de suicídio

O informativo esclarece alguns pontos para pessoas e familiares que vivem situações de violência autoinfligida. Cita, ainda, como os profissionais da mídia devem atuar nesse tipo de caso

Crédito: Da Web

A Secretaria de Saúde do Município, por meio da Gerência de Saúde Mental de Palmas (GMS), divulgou um comunicado para a população palmenses sobre o tema suicídio. No informativo, o órgão fala, ainda, como os profissionais da mídia deve atuar sobre esse tema.

 

Para a Gerência de Saúde Mental “é importante à ampla discussão em toda a sociedade de maneira segura e consistente sobre o tema, mediada por profissionais competentes no assunto”.

 

A entidade esclarece que para os veículos de comunicação, é necessário respeitar o documento lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS): “Prevenção do suicídio: Um manual para profissionais da mídia”, de (2010).

 

Ações da Gerência de Saúde Mental

 

De acordo com a Gerência de Saúde Mental, quando uma pessoa começa apresentar sinais ou pensamentos que possam cominar em violência autoinfligida, o suicídio, deve procurar os Centro de Saúde e Comunidade, localizados em várias quadras da cidade, ou ao Centro de Atenção Psicossocial II, na 804 Sul.

 

Esses locais contam com profissionais da saúde mental para orientação e atendimentos, tanto da pessoa em sofrimento, quanto da família e pessoas próximas. No caso da pessoa tenta tirar a vida, a prefeitura disponibiliza o Serviço Móvel de Urgência (SAMU), as Unidades de Pronto Atendimento (UPA Norte e UPA Sul) e o Estado, do Hospital Geral de Palmas (HGP) para o atendimento de emergência e urgência.

 

“Orientamos que os outros espaços na sociedade que tenham interesse em promover saúde mental para a população mantenham o foco na prevenção de situações que causam o suicídio, por exemplo, atuando no fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, incentivo de relações mais saudáveis no trabalho, nas escolas, nas igrejas, dentre outros, para que as pessoas tenham suporte emocional em momentos de sofrimento” informa o comunicado.

 

​Manual da OMS

 

A Gerência de Saúde Mental deixa claro, também, que o documento da OMS, lançado em 2010, aponta as diretrizes que garantem a segurança da divulgação dos dados relativos a este tipo de casos pelos veículos de comunicação, sem promover o comportamento do suicídio.

.

Um dos pontos destacado pela GSM, ressalta que o compartilhamento de informações em redes sociais, é contra-indicado, conforme diretrizes da publicação da OMS.  “A mídia desempenha um papel significativo na sociedade atual, ao proporcionar uma ampla gama de informações, através dos mais variados recursos. Influencia fortemente as atitudes, crenças e comportamentos da comunidade e ocupa um lugar central nas práticas políticas, econômicas e sociais. Devido a esta grande influência, os meios de comunicação podem também ter um papel ativo na prevenção do suicídio” esclarece o documento da Organização.

 

Desse modo, a OMS aconselha informar o suicídio se baseando em “fontes de informação confiáveis e autênticas, expressões como “epidemia de suicídio” e “o lugar com a mais alta taxa de suicídio do mundo” devem ser evitadas; deve-se abandonar teses que explicam o comportamento suicida como uma resposta às mudanças culturais ou à degradação da sociedade”, entre outras.

 

Caso Dálite

 

As recomendações da Gerência de Saúde Mental de Palmas vêm após o caso da jovem Dáleti Jeovana, de 20 anos, que cometeu suicídio no último sábado, 21, após postar em uma rede social um texto metafórico sobre a vontade de "Ana" de se suicidar.  Ela era estudante de jornalismo da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e trabalhava no Resolve Palmas.

Comentários (0)