Um senhor de 60 anos, José Soares, morreu ao chegar no aeroporto de Gurupi na manhã desta quinta-feira, 4. Ele estava sendo transferido do Hospital Geral de Palmas (HGP) por falta de UTI, para o Hospital Regional de Gurupi. Por causa da burocracia, o corpo do homem passou cerca de 7h estendido na pista. Fontes afirmaram que a demora se deu porque o médico responsável pelo paciente no translado não queria assinar a documentação de óbito. A situação só foi resolvida quando um médico de Gurupi teria aceitado assinar o documento.
Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde daquele município, o Samu foi avisado quando a UTI aérea já havia chegado ao aeroporto de Gurupi, enquanto o certo seria comunicar com antecedência a vinda do paciente para que o veículo já o esperasse.
A Secretaria lamentou o ocorrido e esclareceu que o paciente morreu no translado, que quando a ambulância do Samu chegou ao aeroporto, já não poderia fazer mais nada e se retirou.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) confirmou que chamou o Samu após o falecimento do senhor para fazer o atestado de óbito. José Soares morreu devido a uma parada cardiorrespiratória. A Sesau, no entanto, afirmou que havia convocado tanto a UTI Aérea, quanto a terrrestre para levar o paciente ao Hospital Regional de Gurupi.
Confira as notas na íntegra.
NOTA - Sesau
Sobre o óbito do paciente ocorrido em Gurupi, a Secretaria de Estado da Saúde informa que ele morreu ao chegar no aeroporto da cidade, devido uma parada cardiorespiratória, mesmo com as tentativas de reanimação da equipe médica.
A Secretaria esclarece que o Samu de Gurupi só foi chamado após óbito do paciente para emissão do atestado de óbito. A Secretaria já havia convocado o UTI Aérea e terrestre para o transporte do paciente. Quanto à demora para retirada do corpo foi devido à liberação da documentação necessária.
A Secretaria lamenta que essa demora na retirada do corpo tenha ocorrido.
Nota - Secretaria Municipal de Saúde
A Secretaria Municipal de Saúde, por intermédio da Coordenação de Urgência e Emergência e Coordenação Geral do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, em esclarecimento à Imprensa, informa que lamenta muito o óbito ocorrido hoje no Aeroporto deste município e, vem por meio deste, esclarecer que, assim como está sendo levianamente relatado nas redes sociais, o senhor J. S. S, de 60 (sessenta) anos não morreu em decorrência da demora no atendimento prestado pelo SAMU.
Haja vista que conforme se pode constatar na ficha de atendimento da Ocorrência nº 22, o aviso, feito por parte da equipe da UTI Aérea, de chegada com o paciente no Aeroporto de Gurupi ocorreu às 11h06min e que, na oportunidade foi informado à equipe médica que o transportava de que a Ambulância de Suporte Avançado (USA) estava prestando atendimento em um acidente automobilístico na Rua 06, esquina com avenida Pará (em frente ao restaurante Brucutu), sendo que esta Ocorrência teve início às 10h57min e finalização do atendimento ao paciente no Hospital Regional de Gurupi às 11h22min.
Exatamente às 11h22min53s, a equipe USA se deslocou do Hospital Regional de Gurupi para o Aeroporto chegando lá às 11h38min, ou seja 16 (dezesseis) minutos após ter encerrado com sucesso a Ocorrência de natureza grave nº 21, que já estava em andamento no momento em que a Central de Regulação do SAMU recebeu a solicitação de transferência do paciente da UTI Aérea vinda de Palmas para a UTI do Hospital Regional de Gurupi.
Ressaltamos que o procedimento-padrão é de que o SAMU deve ser avisado com antecedência nesses tipos de ocorrência, fato este que não ocorreu e, de qualquer modo, vale ressaltar ainda que os equipamentos de suporte à vida existentes na UTI Aérea são os mesmos contidos na Ambulância USA do SAMU, de maneira que não se pode atribuir a culpa de forma irresponsável ao SAMU Gurupi e nem se alegar que a chegada até o local “demorou mais de uma hora”, conforme demonstrado entre a solicitação recebida e a chegada até o local de destino se passaram apenas 32 (trinta e dois) minutos e, conforme relato da própria equipe médica, o paciente já havia tido uma parada cardiorrespiratória no decorrer da viagem vindo a óbito minutos seguintes à chegada em solo gurupiense.
Sem mais para o momento, era o que tínhamos a esclarecer.
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