Servidores da ETI Caroline Campelo paralisam e cobram autonomia da Semed

Funcionários do administrativo e professores paralisaram suas atividades na manhã desta quarta. Em carta aberta, o grupo diz que a educação municipal está retrocedendo e pede autonomia da Semed...

Servidores em manifestação
Descrição: Servidores em manifestação Crédito: T1 Notícias

Servidores da Escola de Tempo Integral de Palmas Caroline Campelo paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira, 11, para manifestar indignação com a gestão. Segundo o grupo, desde que o gestor contratou o Instituto Áquila e criou o Grupo Gestor Governamental, “a educação municipal de Palmas está retrocedendo”.

Os servidores afirmam que a Secretaria Municipal de Educação perdeu autonomia desde que o Instituto Áquilo começou a prestar serviços em consultoria educacional. “Não conhecem a realidade da nossa cidade e muito menos da nossa educação ou de nossa gente, estão destruindo tudo o que conquistamos até agora”, relatam os servidores em uma carta aberta.

Os servidores reclamam ainda, da saída do diretor da escola que entregou o cargo alegando não ter condições de trabalhar. O grupo clama na carta, que a merenda escolar não seja terceirizada e citam o caso dos uniformes que até este mês ainda não teriam sido entregues aos alunos da rede municipal.

Os manifestantes destacam também o não envio de funcionários pela Secretaria para substituir professores em licença, o projeto de substituição dos guardas por câmeras, aumento da carga horária de 6 para 8 horas por dia, entre outros problemas relatados.

Secretária diz estranhar manifestação

Em entrevista ao T1 Notícias a secretária municipal de Educação de Palmas, Berenice Barbosa, disse na manhã desta quarta que recebeu com estranheza a paralisação dos servidores da escola. "Já estive reunido várias vezes com eles explicando a situação”.

Berenice Barbosa esclarece que a informação de que o Instituto Áquila tenha tirado a autonomia da Secretaria não procede. “O Instituto Áquila presta consultoria externa para dar apoio à gestão, não tem nada a ver com a Secretaria, para levantar dados, cruzar esses dados para saber se de fato nós temos servidores excedendo”, disse.

De acordo com a secretária, o Instituto apresentou o levantamento dos dados na última sexta-feira, 6, ao prefeito, ao Grupo de Gestão e a Secretaria Municipal de Educação. ‘O que se busca é apresentar soluções para otimizar o serviço”, afirmou a secretária.

Negando déficit de professores

Sobre os demais questionamentos dos servidores da Escola Caroline Campelo, Berenice Barbosa afirmou que “não existe terceirização da merenda escolar, os uniformes estão sendo licitados e o guardião escolar é um projeto da Guarda Metropolitana e não da Educação. Referente à xeróx [terceirizada] é uma decisão do secretário de planejamento e gestão, a escola não foi prejudicada”.

A secretaria afirmou também que não há déficit de professores no município. “O único problema que tínhamos era com relação a substituição de professor quando a licença do efetivo, mas já foi resolvido, a Secretaria foi autorizada a contratar um substituto nestes casos”, afirmou.

Outra situação esclarecida é em relação a carga horária de trabalho. De acordo com a secretária, um decreto do ex-prefeito Raul Filho, que especifica 6 horas de trabalho para os servidores administrativo da Educação, foi derrubado pelo atual prefeito. “O concurso feito por eles é para cumprir a carga de 40 horas semanais. O decreto que especificava a carga de 6 horas era da gestão passada”.

Sobre o pedido de demissão do diretor da escola, a secretária afirmou que “é uma decisão dele e que deve ser respeitada. Ele pediu para sair porque estava cansado e não queria mais atuar como diretor em nenhuma outra escola. Temos que aceitar. Nós levamos outros nomes para apreciação, não impomos nada”, disse.

(Atualizada às 11h40)

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