O Sindicato dos Trabalhadores em Eletricidade do Estado do Tocantins- STEET comunica que nesta quarta feira dia 24 de julho, será deflagrada paralisação das atividades dos trabalhadores terceirizados da Celtins. São em média mil (1.000) trabalhadores em todo o Estado, que prestam serviços indiretamente à Celtins.
Entenda
O Sindicato propôs a paralisação em assembleia da categoria, tendo sido aprovada por maioria absoluta entre os participantes. A paralisação foi definida, por conta do descumprimento de um Termo Aditivo da Convenção Coletiva de Trabalho negociado entre o STEET e o sindicato patronal que representa as empresas terceirizadas, o SINDUSCON/TO. O motivo da negociação foi em função da implementação de uma nova jornada de trabalho que as empresas pretendem adotar, o que desfavorece e prejudicaria o trabalhador do ponto de vista econômico, pois haverá supressão de horas extras e adicional de sobreaviso, reduzindo significativamente sua remuneração. Ao saber do interesse pela nova jornada, o sindicato se opôs a adoção da mesma, sem que houvesse negociação para compensar as perdas que representaria aos trabalhadores. Diante do impasse, após longo período de discussão, as duas entidades sindicais chegaram a um consenso, onde celebraram um Termo Aditivo à Convenção Coletiva, prevendo reajuste salarial médio de 30% aos profissionais envolvidos e aumento do ticket alimentação passando de R$ 104,50 para R$ 400,00.
Porém, ao tomar conhecimento da negociação em questão a Celtins se opôs a reconhecer o Termo Aditivo. Com a oposição da Celtins, as empresas terceirizadas recorreram à Justiça do Trabalho com objetivo de anular as condições negociadas na convenção. A Justiça do Trabalho deferiu liminar em favor das empresas, suspendendo a aplicação do reajuste salarial e do ticket alimentação aos empregados terceirizados.
No dia 12 de julho houve uma audiência na justiça trabalhista, que serviu apenas, para o juiz do processo receber a defesa dos sindicatos envolvidos e marcar uma nova audiência para o dia 12 de agosto. No entanto, sindicato e trabalhadores entendem que este prazo está muito dilatado e que provavelmente nesta audiência ainda não haverá solução do impasse. Dessa forma, não nos restou alternativa, a não ser a deflagração da paralisação com intuito de pressionar as empresas a cumprirem o que já foi negociado entre as partes envolvidas.
Celtins
Sobre a paralisação a Celtins disse em nota que "Devido à paralisação dos eletricistas terceirizados anunciada para esta quarta-feira, 24, a Celtins informa que vai fazer o possível para que não haja interrupção no fornecimento de energia elétrica para a população".
(Atualizada em 23/07 às 11h39)
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