A Prefeitura de Palmas passará a cobrar uma taxa para a utilização do Estádio Nilton Santos para eventos religiosos, desportivos ou culturais. O estádio que antes era gerido pelo Estado, desde o ano passado está sob a responsabilidade da Prefeitura, que deverá publicar o decreto de estabelecendo a cobrança nos próximos dias. O anúncio da cobrança causou indignação no meio desportivo.
O Sindicato dos Profissionais de Educação Física (SINPEF-TO) se manifestou contrário à cobrança, alegando que o estádio deve ser aberto para a comunidade.
Segundo o presidente do SINPEF, Luciano Lucas Silveira, o sindicato tomou conhecimento do decreto na semana passada, quando a cobrança foi anunciada de forma extraoficial pelo presidente da Fundação Municipal de Esportes (Fundesportes), Cleyton Alen, durante a visita do ministro do Esporte em Palmas.
Luciano Silveira disse que “para outras finalidades, como shows e outros eventos não tem problema [cobrar], agora para práticas desportivas acho errado”.
Ele disse ainda que os clubes não conseguiriam arcar com mais uma despesa. “Para se ter uma ideia, os clubes de futebol, muitos deles não conseguiram pagar as taxas de arbitragem no ano passado”, afirmou.
Decreto
Foi assinado o projeto do decreto, que ainda não foi publicado. Segundo a assessoria da Fundesportes, “a novidade foi falada pelo presidente quando o Ministro do Esporte George Hilton esteve aqui”, visitando as obras dos Jogos Mundiais Indígenas.
A intenção da Prefeitura é tornar o estádio autossustentável. A taxa será revestida para a manutenção e outras despesas do local.
Segundo a Fundesportes, mais informações como o formato das regras e os valores que serão cobrados só serão divulgadas quando o decreto for publicado.
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