Após o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Tocantins (SINTRAS-TO) denunciar ao Ministério Público a situação precária da infraestrutura do prédio que corre risco de desabamento a qualquer momento, a promotoria regional de justiça informou que será feita uma perícia para avaliar o prédio onde funciona o Hospital Nossa Senhora Aparecida, e que sedia a pediatria e maternidade em Araguatins de responsabilidade do Estado.
De acordo com o presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda, o Estado está pondo em risco a vida de servidores pacientes e visitantes do hospital. “O prédio pode desabar a qualquer momento e a gestão estadual está fechando os olhos para o problema”, diz ele.
O sindicato denunciou a gravidade da situação à promotoria regional de Augustinópolis ainda no começo deste mês, mais precisamente dia 06. Após voltar ao hospital nesta quarta-feira, 12, o presidente e assessores jurídicos do Sintras puderam observar mais rachaduras no prédio e detectaram que realmente as paredes estão cedendo ocasionando um grande risco de desabamento.
Os responsáveis pelo hospital autorizaram fazer amarrações com madeiras nas paredes danificadas para segurar as rachaduras e evitar que a estrutura venha parar no chão como mostram fotos feitas por servidores e representantes do Sintras. Segundo o Manoel Miranda alguns aparelhos hospitalares foram amontoados num canto de uma das salas do hospital.
A situação pode ser observada na galeria de imagens postada na página inicial do site www.sintras-to.org.br.
Despencando
Servidores que não quiseram se identificar disseram que saíram correndo da UTI Neonatal, na madrugada da última sexta-feira, 07, por que o forro começou a cair. Eles também informaram que ocorreu um curto circuito no hospital o que causou a falta de energia na unidade.
Reivindicação
Ao Estado, o Sintras protocolou ofício a secretária de saúde, Vanda Maria Gonçalves Paiva, evidenciando que a estrutura física do prédio locado em Araguatins, para abrigar o hospital e o prédio locado em Augustinópolis para abrigar a Clínica Médica de Urgência e Emergência não oferece nenhuma condição de funcionalidade, destacando também as rachaduras nas paredes, forro e piso no prédio da clínica pediátrica e obstétrica; a redução do número de leitos e atendimento aos usuários do SUS em locais inadequado em condições precária colocando em risco o agravamento de quem está buscando tratamento de saúde em todas as clínicas.
No documento, o Sintras também reivindica um transporte mais adequado aos servidores que residem em Augustinópolis e trabalham no hospital em Araguatins. Assim como também vale transporte, climatização nas dependências da unidade incluindo as enfermarias, local adequado e transporte da alimentação dos servidores que está sendo levada em carro impróprio (como nas ambulâncias que transportam os pacientes).
Transferência
Um dos pontos observados pelo Sintras que apontou a inviabilidade da transferência do Hospital Geral de Augustinópolis para Araguatins foi à redução do número de leitos das clínicas cirúrgicas, ortopédica, materno-infantil contradizendo com o aumento de pacientes atendidos, pois estão recebendo pacientes de todos os municípios da região do bico do papagaio.
Segundo Miranda o Estado não atentou para a legalidade da transferência dos servidores para outra localidade, isto no entender do sindicalista foi para o estado não pagar os direitos dos servidores e vantagens conforme reza a lei 1818/2007, principalmente no que refere ao transporte, alimentação, segurança do trabalho, a lotação do profissional de acordo com o concurso.
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