Internada há um ano no Hospital Estadual Mário Covas, em São Paulo, para tratamento contra uma Leucemia LLA-B (Alto risco), a palmense Sophia Ramalho Quinta, de 8 anos, será submetida nesta semana a uma quimioterapia mais agressiva, que segundo os médicos, é a última alternativa do tratamento por ser muito tóxica para o coração. A família agradece todas as manifestações de carinho e orações dos tocantinenses e de pessoas de diversas partes do Brasil.
O pai da pequena Sophia , Marcellus Quinta Barbosa conversou por telefone com o Portal T1 Notícias e afirmou que os médicos dão 10% de chances de sucesso. “Ainda não começou. Sophia está internada desde o dia 5 de julho, hidratando porque está faltando um medicamento que deve chegar hoje ou amanhã, que é para proteger o coração porque essa quimioterapia que ela vai tomar é muito tóxica, muito agressiva, então ela precisa tomar esse outro remédio porque ela já tem muita quantidade de toxina acumulada no coração”, explicou Marcellus.
Serão quatro dias tomando as medicações e mais 30 dias internada para a recuperação. O pai da menina tem se apegado à fé para ter forças para enfrentar essa luta. “Independente de toda essa situação grave que a Sophia está passando, nós confiamos em Deus e confiamos no sobrenatural de Deus. A vida da Sophia não nos pertence, pertence ao Senhor Jesus. Ele é que está no comando de toda essa situação”, disse.
Comoção nas redes sociais
A família da Sophia mantém uma página no Facebook – O mundo de Sophia, onde são atualizadas as informações sobre o seu estado de saúde. O fluxo de comentários e compartilhamentos é grande e pessoas de diversos lugares tem demonstrado carinho por Sophia. “Gostaríamos de agradecer a todas as pessoas de Palmas, do Tocantins que estão orando, intercedendo e pedindo pela vida da Sophia. Muito obrigada a todos vocês, que Deus abençoe a todos”, declarou o pai da menina.
Entenda o caso
Sophia foi diagnosticada aos três anos de idade com Leucemia, que é um tipo de câncer no sangue. No ano passado ela teve uma recaída da doença e após ficar internada no Hospital Geral de Palmas e passar por outros hospitais particulares da Capital, foi transferida em uma UTI aérea para São Paulo.
Em setembro do ano passado, a família recebeu a notícia de que seu irmão caçula, Samuel Ramalho Quinta, 5 anos, é 100% compatível, sendo o doador dela. No entanto, para que o Transplante de Medula Óssea (TPO) aconteça, é necessário que a medula da menina fique ‘zerada’. Ou seja, quando todas as células imunes ao recebimento de uma nova medula são destruídas, o que ainda não ocorreu com Sophia.
“Milhares de pessoas precisando de um doador de medula para VIVER e minha filha com um doador 100% aparentado está perdendo a chance de VIVER porque a doença não vai embora e a medula não zera no tempo suficiente.
Agradeço a Deus pela vida de cada um que ora pela nossa filha desde 2012, para quem conhece a história dela, essa força imensa e linda que contagiou a milhares de pessoas a tem sustentado , pois os médicos achavam que ela não iria sobreviver em junho de 2015 quando chegou em São Paulo de UTI aérea . Eles dizem que foi um milagre”, relatou a mãe de Sophia, Flávia Quinta, em uma postagem no Facebook.
A doença acabou se agravando nos últimos dias e as quimioterapias já não estavam mais surtindo efeito. A mãe de Sophia disse que ela também recebeu a medicação Fosfoetanolamina (pílula do Câncer) como alternativa. “Os médicos disseram que as quimios não fazem mais efeitos e que haveria só uma única chance, um protocolo que ela ainda não tinha feito chama-se IDA FLAG , porém os riscos de vida são de 90% devido tamanha máxima de toxidade no coração. Então optei por fazer um teste com a fosfo antes de arriscar a quimio”.
“Estamos muitos sentidos, tristes, porque somos humanos e não aguentamos mais ver nossa filha sofrer. Estamos com o coração em paz porque tenho muita fé e creio que Deus fará e dará as melhores condições para Sophia”, disse Flávia.
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