O presidente da Associação dos Universitários e Estudantes de Formoso do Araguaia (Aune), Moisés Rodrigues Coimbra Neto, informou ao T1 Notícias nesta sexta-feira, 8, que entrou com uma representação no Ministério Público do município contra a Prefeitura. De acordo com ele o repasse de verba para o transporte dos estudantes locais, que precisam se deslocar 74km para estudar Gurupi, não é pago desde agosto deste ano.
Neto, que também é universitário e estuda em Gurupi, destacou que já havia procurado a Prefeitura para tentar resolver a situação, mas foi informado de que a gestão não possui verba devido a dificuldades financeiras deixadas pela gestão anterior.
“Nós já procuramos a Prefeitura e eles sempre afirmam que não tem dinheiro. Com o beneficio, a associação comprava os passes e os repassava aos estudantes, hoje temos que pagar R$ 10 para ir até Gurupi e outros R$ 10 para voltar”, completou. De acordo com Neto, 30 universitários e alunos de cursos técnicos de Formoso eram beneficiados com R$ 3 mil pagos para o transporte, que, segundo ele, é um auxílio instituído pela Câmara Municipal.
A universitária Lila Mara, que mora em Formoso e também estuda em Gurupi, afirmou que com o corte do pagamento do transporte as dificuldades financeiras só aumentaram. “O prejuízo é em conjunto com toda a associação. A gente já paga faculdade com valor bem alto e ainda temos as despesas por ficar o dia inteiro fora de casa, como alimentação. Nossas despesas ficaram praticamente o dobro. Ele não está prestando favor para a gente, é uma obrigação da Prefeitura”, destacou a estudante.
Os dois universitários ressaltaram ainda que a Aune representa apenas os estudantes que vão para Gurupi pela manhã e que há outra associação que cuida do transporte dos alunos do período noturno. De acordo com eles, apenas a Aune recebeu o corte de gastos.
Prefeitura
O secretário da Administração da cidade, Vinicius Ribeiro de Paulo, confirmou ao T1 Notícias que antes a Prefeitura realizava o pagamento do auxílio para os estudantes, mas declarou que precisaria realizar uma consulta jurídica e contábil para poder se posicionar sobre o assunto.
“A gestão está pagando R$ 136 mil por mês em dívidas da gestão anterior. Não estou afirmando que não é repassada a verba, mas sim que temos que ter um conhecimento jurídico e financeiro antes de informamos algo”, completou.
O T1 Notícias também tentou ouvir o prefeito da cidade, Wagner Coelho de Oliveira (PRTB), na manhã desta sexta-feira, 8, mas as ligações não foram atendidas.
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