Vereador justifica velório de suspeito na Câmara e diz que não quis afrontar PM

Vereador Paulo Valdeis disse que não quis afrontar a Polícia Militar e justifica que permitiu velório de Lucas Lucena porque foi pedido da família, uma vez que a cidade não tem capela mortuária

Câmara de Vereadores de Barrolândia
Descrição: Câmara de Vereadores de Barrolândia Crédito: Foto: Ascom

O presidente da Câmara de Vereadores de Barrolândia, Paulo Valdeis Soares veio a público na manhã desta terça-feira, 5, declarar que não teve a intenção de afrontar a Polícia Militar ou a sociedade, ao permitir que o corpo de Lucas Lucena, de 18 anos, morto em confronto que resultou na morte do Soldado PM Ivan Borges, fosse velado na Casa de Leis do Município.

 

Por meio de nota, Paulo Valdeis disse que não compactua com ato criminoso, e que com relação à autorização para o velório “o pedido partiu por meio da família da mãe do mesmo, que faz parte de uma família pioneira e humilde do nosso município, moradores que possuem condutas ilibadas em nossa sociedade local”.

 

O vereador disse ainda que como na cidade de Barrolândia não existe capela mortuária, muitas famílias solicitam a Câmara para realizar velórios de seus entes. “Destacamos ainda, que não ocorreu tratamento diferenciado na autorização do velório”, disse o vereador em nota.

 

Paulo Valdeis disse ainda que outro motivo que o levou a autorizar a realização do velório “foi a existência de uma medida protetiva determinada pela Vara da Família de Palmas, que proibia o pai de Lucas, o sargento da Polícia Militar Edvaldo Lucena Maciel, de aproximar-se de sua ex-esposa e mãe de Lucas, a senhora Vera Lúcia Castro Lucena. Sendo assim, o velório teve que ocorrer em local neutro (não pertencentes a nenhuma das famílias), para que os pais de Lucas pudessem comparecer de forma alternada ao velório”.

 

O presidente ainda destacou que as informações de que a Casa havia hasteado bandeiras a meio mastro e de decreto de luto de três dias em homenagem a Lucas são inverídicas. Paulo Valdeis ainda declarou sua solidariedade à família do policial militar Ivan Borges, morto enquanto tentava impedir que Lucas e Osvaldo Júnior, também morto, assaltassem um estabelecimento comercial na Capital.

 

Confira a nota da Câmara de Vereadores de Barrolândia na íntegra, em anexo:

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