Veterinária dá dicas de prevenção a acidentes com animais em praias

Durante a temporada de praias nas margens dos rios Araguaia e Tocantins podem ocorrer ataques de raias e piranhas. Saiba o que fazer em caso de acidentes com esses animais.

Nas praias, atenção às arraias e piranhas.
Descrição: Nas praias, atenção às arraias e piranhas. Crédito: Ascom Araguaína

Durante a temporada de verão nas praias dos rios Araguaia e Tocantins, quando o calor aumenta e mais pessoas procuram se refrescar às margens dos rios, podem ocorrer acidentes envolvendo animais aquáticos, como as arraias e piranhas. A veterinária Luciana Gomes, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Araguaína, dá dicas para evitar os ataques e também do que pode ser feito caso eles ocorram.

 

Arraias

 

As raias, popularmente conhecidas como arraias, são animais dóceis, que vivem tanto nos rios como no mar, e só atacam quando se sentem ameaçadas. Durante o verão, quando os rios baixam, eles procuram as águas rasas para ficar. Locais calmos e com lama são os preferidos desses animais.

 

“Ao entrar na água, o ideal é caminhar arrastando os pés. Assim, o animal se espanta e tem tempo de fugir”, orientou a veterinária. A maior parte dos ataques, que na verdade são a autodefesa do animal, ocorre na região dos pés, quando a pessoa pisa na raia sem querer e ela crava sua cauda, que tem um ferrão serrilhado, em seus pés ou pernas, liberando veneno.

 

“O veneno da raia é termolábil, ou seja, a dor que ele provoca é amenizada com água morna. Por isso há uma crença popular de fazer xixi sobre o ferimento”, explicou Luciana.

 

A dor provocada pela ferroada da raia é intensa, mas diminui gradativamente no período de 6 a 48 horas. Entre os sintomas do envenenamento por raia estão fraqueza, enjoos, vômitos, diarreia, sudorese, espasmos generalizados e dificuldade respiratória.

 

O ideal é, havendo ataque, que a pessoa ferida procure atendimento médico na unidade de saúde mais próxima. Outras medidas podem ser adotadas até o atendimento, como estancar o sangramento com pressão direta. No pronto-socorro, a equipe médica retira os possíveis fragmentos do espinho. São administrados antibióticos para evitar infecções e pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para fechar a ferida, que pode demorar de 30 a 60 dias para cicatrizar.

 

Piranhas

 

Os ataques de piranhas estão mais diretamente ligados à temporada de verão. Enquanto as raias buscam sossego, elas são atraídas pelo aumento da oferta de alimentos dentro d’água.

 

“Geralmente, as praias têm delimitação da área de banho. Então, a melhor prevenção é não ultrapassar esse limite e evitar jogar restos de comida na água”, pontuou Luciana.

 

A piranha ataca individualmente ou em cardume. Quem for mordido precisa sair imediatamente da água, para que o sangue não atraia outros peixes. Depois disso, o procedimento adequado é lavar o ferimento apenas com água, estancar o sangue comprimindo o ferimento com gaze, toalha ou algum pano limpo e procurar atendimento na unidade de saúde mais próxima. 

 

 

 

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