A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos pretende demitir 350 trabalhadores braçais. A informação é do vereador Waldson da Agesp (PT).
De acordo com o parlamentar, ele foi informado das demissões pelos próprios trabalhadores que já estariam sabendo do acontecimento. “Eu fui abordado por vários servidores daquela Secretaria, principalmente aqueles que trabalham de sol a sol, na limpeza pública, dizendo que seriam demitidos. Que já fizeram até uma lista com os nomes de quem vai sair e que a partir do dia 1º de setembro, já vão estar fora do quadro dos servidores”, relatou Waldson.
Mesmo sabendo que o limite prudencial da Prefeitura está estourado, o vereador declarou que não concorda com as demissões. No entanto, Waldson não pode confirmar se a justificativa do órgão para demitir 350 funcionários, seria para adequar a folha ao limite prudencial.
“Não podemos cortar os menos favorecidos. Podem cortar de outras áreas da Prefeitura, mas os menos favorecidos não”, afirmou. Waldson da Agesp afirmou que, o que se vê em Palmas hoje, é uma cidade que está à venda. “O emprego tá difícil, o Estado está uma calamidade pública, nossa economia não vai bem. Como é que nós vamos demitir 350 pessoas em Palmas?”, disse.
O vereador disse que não pretende fazer críticas à atual gestão, mas pede para que juntos possam achar uma solução melhor, pois a demissão não é uma saída que resolverá o problema. “São 350 famílias que ficarão sem emprego”.
A possível solução apresentada pelo vereador Walson da Agesp, segundo o mesmo, será uma mobilização da Câmara, junto aos demais parlamentares, para saber o que está acontecendo para que a secretaria queira demitir esse pessoal. “Na terça-feira, 27, nós vamos nos posicionar na Tribuna para saber o que está acontecendo. A gente defende a permanência deles até que resolva o problema da economia aqui de Palmas”, afirmou.
Marcílio confirma 200 dispensas
O secretário Marcílio Ávila confirmou ao T1 Notícias que haverão cortes de pessoal na Seisp, mas não só entre os trabalhadores braçais. "Fiz um corte nas três superintendências: de Administração, de Obras e de Serviços Públicos. Nós temos que nos adequar à Lei de Responsabilidade fiscal. A secretaria precisa funcionar bem com os trabalhadores que nós podemos pagar", explicou.
Segundo Ávila, serão dispensados ao todo, 200 funcionários da sua pasta. "Dizer que não devemos cortar do pessoal que ganha menos, não justifica, por que cortar só dos que ganha mais não resolve o problema. O corte é uniforme. Mesmo com o corte vamos ficar com 600 servidores em campo", justificou.
O secretário explicou ainda que o critério de corte e de permanência de trabalhadores não será político. "Pedi que fosse feita a seleção pelos chefes do pessoal. Estamos observando o rendimento, quem trabalha melhor, para ficarmos com os mais eficientes", finalizou.
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