CPP de Palmas recebe mutirão de atendimentos realizado pela Defensoria

Crédito: Loise Maria/DPE

Um total de 206 presos do Pavilhão A (provisórios e condenados) da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Palmas foram atendidos em mutirão de atendimento da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) na manhã desta quarta-feira, 16. A ação foi liderada pelos defensores públicos Napociani Póvoa, coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa do Preso (Nadep), e Fabrício Brito, com apoio de servidores e estagiários da Execução Penal e Nadep. Dentre as principais demandas, o cálculo penal e progressão de pena foram os principais assuntos abordados pelos detentos. Além disso, o mutirão ouviu as demandas com o objetivo de identificar as principais necessidades e as deficiências estruturais do local, como superlotação, falta de colchões, direitos em visitas de familiares, revistas vexatórias, escassez de água, falta de kits de higiene e má alimentação. A principal reclamação quanto assistência dos presos é a falta de medicamentos. Segundo eles, de remédios simples, como os de enxaqueca, até para doenças mais graves, deixam de ser entregues por meses. “Eu tenho bronquite e asma, entrei aqui já vai fazer três meses, me deram uma bombinha quando cheguei e nunca mais. Sempre passo mal com falta de ar e já solicitei atendimento, mas nunca foi providenciado”, relata outro preso. Há, ainda, relatos de agressões físicas. No mês de abril deste ano, a Defensoria Pública realizou outro mutirão de atendimento, desta vez para atender os presos do Pavilhão B. Dos 384 presos atendidos na época, foram levantadas, ainda, 276 demandas individuais, com acompanhamento e revisão processual, análise de cálculo de pena, progressão, remição, pedidos de transferências e orientações jurídicas, dentre outras. A Casa de Prisão Provisória conta com 739 presos, porém, a capacidade é somente para 260. As celas do Pavilhão B, por exemplo, têm capacidade para quatro reeducandos, mas abriga, em média, 15.

 

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