Ao analisar os perfis energéticos das indústrias tocantinenses, a Federação das Indústrias do Tocantins - FIETO constatou que 83% das empresas pesquisadas utilizam a energia elétrica como principal fonte na produção, 13% usam lenha, 2% óleo diesel, e 2% não responderam a essa pergunta. Percebe-se assim a quase total dependência das indústrias do Tocantins das distribuidoras de energia local.
A pesquisa revelou ainda que 91% das empresas são consideradas consumidoras cativas, ou seja, compram energia da distribuidora local, apenas 2% intercalam entre energia disponibilizada pela distribuidora local e energia negociada com outros fornecedores (consumidores livres).
Os dados constataram que 56% das empresas são consumidores industriais de alta tensão, 12% se enquadram como consumidor industrial eletrointensivo, 14% são consumidores industrial de baixa tensão e 19% dos empresários não souberam informar a qual grupo tarifário sua empresa pertence.
A pesquisa também analisou o impacto da queda no valor da energia elétrica anunciada pelo Governo Federal no início deste ano. Com a baixa nos custos da energia elétrica, o governo almejava além de ampliar a competitividade, estimular os investimentos privados no país. No entanto, que no que tange o investimento, os resultados não foram muito favoráveis.
Durante a pesquisa, ao perguntar aos empresários, sobre qual o impacto da redução do custo de energia na decisão de investimento da empresa, 72% dos empresários afirmaram que essa medida não estimulou os investimentos, 22% asseguraram que a medida estimulou os investimentos e 6% não responderam.
Para o Gerente da Unidade de Pesquisas da FIETO, Carlos de Assis, o estudo aponta que a energia elétrica é um insumo que merece atenção, pois ela representa um dos fatores de ampliação da competitividade industrial. As demandas industriais são por uma energia de melhor qualidade e de menor custo.
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