Na pandemia, 39 mil tocantinenses perderam trabalho no 2º trimestre, diz IBGE

O número de tocantinenses no mercado de trabalho caiu no 2º trimestre de 2020, passando de 640 mil para 601 mil

O número de tocantinenses no mercado de trabalho caiu no 2º trimestre de 2020, passando de 640 mil para 601 mil. Frente aos três primeiros meses do ano, cerca de 39 mil pessoas perderam postos de trabalho, o que equivale a 6,1%. O nível de ocupação do estado também diminuiu. De acordo com o IBGE, o resultado é em decorrência das medidas de isolamento social, adotadas para conter a propagação do novo coronavírus.

 

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgados nesta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

No estado, o contingente de empregados no setor privado passou de 225 mil para 214 mil. O número de empregados sem carteira de trabalho assinada também teve queda, de 86 mil pessoas para 74 mil. Já o número de profissionais com registro na carteira passou de 139 mil para 140 mil.

 

De acordo com a pesquisa, o nível de ocupação no Tocantins passou de 51%, para 48% e as pessoas que perderam suas vagas migraram para a desocupação ou para fora da força de trabalho (pessoas em idade de trabalhar, mas que não estão procurando emprego). No primeiro trimestre de 2020, o IBGE estimava que 81 mil pessoas de 14 anos ou mais de idade estavam desocupadas, no 2º semestre esse contingente chegou a 86 mil. Já as pessoas fora da força de trabalho passaram de 532 mil para 564 mil.

 

Trabalhos informais

 

A taxa de informalidade ficou em 40,6% (244 mil pessoas) do total da população ocupada no Tocantins (1.590.248 milhão de pessoas). Nos três primeiros meses do ano ela estava em 43,9%. Para o cálculo de taxa de informalidade da população ocupada, o IBGE considera as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.

 

A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, explica que a queda na informalidade não se deve a um maior nível de formalização do trabalho e sim à redução da ocupação entre os trabalhadores informais. “De fato houve queda na informalidade, porque os trabalhadores informais foram mais atingidos com a perda da ocupação. A queda na ocupação foi puxada por trabalhadores informais”, ressalta a analista da PNAD Contínua.

 

Campo nacional

 

No cenário nacional também ficou explicito os impactos da pandemia no mercado de trabalho. O país tinha 12,8 milhões de pessoas sem trabalho no segundo trimestre deste ano. A taxa de desocupação, de 13,3%, aumentou 1,1 ponto percentual em comparação com o primeiro trimestre de 2020 (12,2%). No Tocantins, a taxa saiu de 11,2% para 12,6%. No Brasil, a população que estava inserida no mercado de trabalho, passou de 92,2 milhões para 83,3 milhões.

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