Sob pressão, bancos reduzem juros: veja as taxas médias cobradas

Taxa média de juros bancários está no menor nível da história, segundo BC. Especialistas dizem que governo usou bancos públicos para forçar situação.

Acostumados a pagar uma das taxas de juros mais altas do mundo, os consumidores brasileiros têm visto bancos privados e públicos anunciarem seguidas reduções nas taxas de juros cobradas no crédito para pessoa física. Só nesta semana, Itaú-Unibanco, Bradesco e Caixa Econômica Federal anunciaram reduções nos juros nas operações de crédito.

Os cortes – que ganharam força a partir de abril deste ano – são resultado de uma combinação de pressão política, cenário econômico e disputa de mercado. E levaram as taxas (ainda altas), aos menores patamares da história.

De acordo com dados do Banco Central, divulgados na última quarta-feira (26), a taxa média de juros bancários cobrados pelas instituições financeiras nas operações com pessoas físicas ficou em 35,6% ao ano em agosto, o menor valor de toda a série histórica da instituição– que tem início em julho de 1994.

O consumidor, no entanto, deve ficar atento: as taxas mínimas anunciadas pelos bancos não são obtidas por todos os clientes. Os juros de cada operação dependem de diversos fatores, como histórico de crédito e relacionamento com o banco (veja na tabela abaixo as taxas médias efetivamente cobradas, segundo o Banco Central). (Do G1)

TAXAS MÉDIAS DE JUROS COBRADAS PELOS BANCOS (% ao mês)*
Instituição Cheque especial Crédito pessoal Compra de veículos Aquisição de bens
  Março Setembro Março Setembro Março Setembro Março Setembro
Banco do Brasil 8,65 5,32 2,70 2,19 1,71 1,28 2,17 1,87
Bradesco 8,78 8,44 4,90 4,15 1,73 1,50 3,24 3,20
Caixa 8,05 4,29 2,41 1,84 1,85 1,40 5,97 5,42
Itaú Unibanco 8,86 8,64 4,15 3,48 1,84 1,44 não consta não
consta
Santander 10,31 10,13 3,56 3,35 1,72 2,05 1,25 2,57
*Taxas relativas aos períodos de 14 a 20 de março e 11 a 17 de setembro
Fonte: Banco Central (o BC não informa taxas referentes a cartão de crédito)

 

 

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