É preciso ter ânimo, e se possível comece respirando fundo. A impressão que temos é que estamos em guerra contra a economia, há baixas para todos os lados, o dinheiro é artigo de luxo para alguns segmentos de mercado, o poder público não ajuda, a classe empresarial brasileira é de um quilate incomum, sobreviver neste período requer a mais pura estratégia de guerrilha; infelizmente a atitude mental mais fácil é esperar um pouco mais, até as coisas melhorarem, puro otimismo, porém sem por vezes ser acompanhado de atitudes reais que gerem algum resultado efetivo.
Certamente nem tudo é desespero ou caos, há empresas lucrando, e muito, superando suas metas e abrindo mercados, contratando funcionários e fazendo planos ousados para o futuro. O empreendedor por natureza é motivado, tem olhar clínico e percebe oportunidades onde poucos enxergam. O futuro somos nós que o construímos, por que não aproveitar este período de intensos desafios para repensar o negócio? Buscar novas formas de fazer a mesma coisa? Reorganizar os objetivos?
O importante para o empresário não é o total de quanto ele fatura e sim o valor líquido de quanto sobra, não raras vezes usamos as medidas equivocadas para analisar a viabilidade do empreendimento. Diante deste aparente amargo cenário, desejo contribuir um pouco com aqueles que se encontram nesta árdua celeuma.
Com o mercado a todo vapor, olhar para dentro de nossas empresas quando não faltam recursos, somos levados a deixar muitos detalhes para lá, quando passamos um pente fino há uma lista extensa de coisas eletivas que podem ser repensadas, a cultura de prosperidade inercial também não ajuda muito, pois até se perceber que o cenário mudou, e que temos que economizar, passaram-se meses de gatos desnecessários.
Chame a equipe para conversar, o conhecimento coletivo sempre será maior que o conhecimento individual, a força do grupo em prol do bem comum ativa as mais nobres atitudes, todos gostamos de nos sentir úteis, ainda mais se for para preservar nossos empregos. Agir antecipadamente na direção das soluções tem que ser a ordem do dia.
Há outro item desafiador: a capacitação profissional continuada. Estamos na hera do conhecimento com informações na palma da mão, há quem diga que nada irá mudar, no entanto a remodelagem empresarial tem acontecido em altos níveis de intensidade, esta influência afere os indicadores de necessidade do capital intelectual para limiares desafiadores.
O estado de alerta pode e deve fazer parte do dia a dia da empresa, o perigo está à espreita, e a retomada do crescimento é somente uma esperança; então força e foco prioritariamente tem que estar na direção das soluções estratégicas mais assertivas, amparando a condução do negócio em meio aos rochedos que afiarão a nossa destreza e habilidade de sermos empreendedores.
Sérgio Aragão é Consultor de Empresas, Especialista em Gestão Empresarial, Contabilidade, Controladoria e Finanças. Diretor da Contact Consultoria Empresarial, www.contactconsultoria.com
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