A primeira vez que votei para presidente foi em 1989, eu tinha apenas 12 anos. Claro que votei nas eleições das crianças, né!!?? Ocorreu no Parque Mutirama, em Goiânia. Enfrentei uma longa fila só para declarar meu voto ao sapo barbudo.
Depois dos dezesseis, votei no PT em todas as disputas para presidente, governador ou prefeito, sabe por que? Porque o PT tinha ideologia, pelo menos parecia ter.
Eu via o Molusco falar em coronelismo, em voto de cabresto, criticar Sarney, programas sociais como bolsa família (alegando que era plano eleitoreiro), e o admirava por tudo que ele acreditava. Era um sonho ter um Silva no poder.
Nunca me deixei levar pela mídia, principalmente a Rede Globo (que deu uma vitória de graça nas mãos de Collor). Eu via nas entrevistas o Molusco falar em dar uma faxina em corruptos como Collor, Sarney, Maluf, ACM, etc. E agora, quem diria? O mesmo crítico de outrora está no mesmo barco dos “caras”.
E o Aécio? Ah, o Aécio me lembra dois playboyzinhos oportunistas...(Collor e Marconi Perillo), me faz lembrar que detesta professor, é rei em abafar maracutaias, está na política por conta da herança política do avô, é famoso por perseguir quem o contesta e não me passa a ideia que representa a mudança do país nem de longe.
Aquela coisa de votar no menos pior ou votar no candidato que “rouba mas faz”, para mim não faz o menor sentido. A única vantagem de votar no Aécio talvez seja a alternância de poder. Porque, se a Dilma vencer, na próxima o Lulinha está de volta.
Mas ainda assim prefiro ficar de fora da escolha dos brasileiros, por isso declaro meu voto nulo. Longe de ter simpatia pelos militares, mas depois que vi Maluf, Tiririca, Collor, Marcelo Miranda (Miranda + Sandoval= SC), e tantos fichas sujas eleitos pelo país afora tem horas que penso: por isso que os militares não deixavam a gente votar.
De um lado os “intelectuais” do Aécio (Zezé & Luciano, Vanessa Camargo, Mc sei lá das quantas, Chitãozinho & Chororó, os intelectuais do sertanejo universitário e do Funk, etc), do outro os grupos políticos que se autodenominam a mudança do país (Maluf, Garotinho, Collor, Renan, Sarneys, etc).
Daí você se pergunta sabendo que os dois vão colocar pimenta no dedo: o que é melhor? Fazer o exame de próstata com o dedo da mulher ou o dedo do homem? Vocês decidem, porque eu prefiro não fazer esse exame e rezar para que o estrago no nosso país seja o menor possível.
Beto Monteiro é fotógrafo, professor e Geógrafo ambientalista
Comentários (0)