A energia solar, como o próprio nome diz, é a energia gerada pelo sol, uma fonte de aproveitamento inesgotável na escala terrestre de tempo, tanto como fonte de calor quanto de luz. Vivemos rotineiramente em contato com a fonte mais expressiva de energia de nosso planeta, e quase nunca consideramos sua importância como solução para nossos problemas de suprimento energético, não ameaça o meio-ambiente, acima de tudo, não polui e não prejudica o ecossistema e ainda melhor, é gratuita.
O mundo evolui cada vez mais rápido a nível tecnológico. Foram introduzidas nos últimos anos uma séria de novas tecnologias no aproveitamento de energias renováveis; como é o caso da energia solar térmica e fotovoltaica na busca de solução para todos os problemas energéticos da sociedade.
Há séculos, grandes homens da história vêm estudando sobre a produção e eficácia da energia solar. Os historiadores romanos como Arquimedes que incendiou navios romanos concentrando sobre eles raios solares refletidos por espelhos. Também no século XX, em que os EUA, nos meados da década de 1970, quando o Congresso norte-americano aprovou a lei sobre pesquisa e desenvolvimento da energia solar.
Em 2012, apresentei um Projeto de Lei 2562/11 na Câmara Federal no qual propus dedução nos incentivos fiscais a quem utilizar energia solar em residências e empreendimentos. Na proposta, sugiro que os contribuintes poderão deduzir do imposto de renda devido, até o ano de 2020. Parte das despesas com a aquisição de bens e serviços necessários ao uso de energia solar. O objetivo desse projeto é aumentar a utilização de energia solar, fazendo com que ela fique mais barata e criando, assim, um círculo virtuoso de emprego de energia renovável.
Desde então, venho debatendo a ideia e acredito que não só eu como vários estudiosos já constataram os benefícios da energia solar. No entanto, no Brasil, segundo pesquisas realizadas, os brasileiros ainda não aderiram a ideia da energia renovável.
Estamos distantes de aproveitar nosso enorme potencial, principalmente nas regiões norte e nordeste, onde o sol brilha com mais intensidade, regiões estas que ainda engatinham nesse processo.
Ouvindo e debatendo o tema com vários ciclos da sociedade, identificamos que a causa principal é a falta de interesse dos gestores da área energética. Cito como exemplo, países europeus que hoje utilizam consideravelmente o potencial solar, o Estado teve uma participação fundamental, alavancando a cadeia produtiva fotovoltaica.
Os incentivos foram para os dois extremos da cadeia: para quem produz os equipamentos e para quem os compra. Quer reduzindo impostos, dando subsídios, criando linhas de crédito, informando a população acerca dos benefícios ou comprando grandes quantidades para instalar em equipamentos públicos. Estas ações resultaram no desenvolvimento do mercado e na consequente redução dos preços, tornando os equipamentos mais acessíveis.
Acredito que além da empresas de distribuição elétricas, o poder público precisa também implantar essa ideia, pois sem dúvida, a eletrificação de residências com sistemas fotovoltaicos tem se mostrado como uma opção tecnológica de grande importância em vários países do mundo, com programas federais e locais que incentivam e oferecem condições financeiras adequadas para que tais sistemas contribuam efetivamente para a diversificação da matriz elétrica.
Limpa e ecologicamente correta, a energia solar também pode fazer uma boa diferença no bolso do consumidor. Com a crise hídrica no país, temos vistos inúmeros bons exemplos para economizar. Por que não fazermos isso também com a nossa energia? O melhor indício, de que a energia solar veio para ficar, foi dado pela Shell, a maior companhia petrolífera do planeta. A empresa prevê que, até o ano de 2050, metade da energia usada no mundo virá de fontes renováveis, como luz solar, ventos, biomassa e água corrente.
Diante de tantos estudos e comprovações concluímos que a energia solar é uma fonte inesgotável que deve ser aplicada e usada. Se temos sol em abundancia, porquê não utilizá-lo? A natureza agradece.
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