Acompanhei durante estes três dias em tempo real pelo site T1 Noticias, as movimentações sobre as eleições para presidente da Câmara Municipal de Palmas e posse do prefeito Carlos Amastha. Confesso que nos meus 19 anos de Palmas, que completarei no próximo dia 10 de janeiro, nunca vi atitude e virtude igual em nenhum político no Tocantins.
Quem me conhece sabe, que já fui assessor de diversos políticos, fui presidente do D.C.E da Ulbra, Secretário da Juventude, na gestão do Dr. Odir Rocha, um militante ativo nas causas sociais e de juventude.
Carlos Amastha, de empresário bem sucedido a político que quer inovar, modernizar, o jeito de fazer política, sendo exemplo para todo o Tocantins. Quer mudar a forma como as instituições seja ela pública, privada e seus representantes se relacionam. Como os agentes públicos e a própria sociedade vislumbra a coisa pública. É uma missão árdua? Sem duvida, dos que estão na lida da atividade política, ninguém jamais arriscou mudar a formula, preferiram continuar acomodados com o modelo arcaico que permeia o Brasil afora há mais de meio século. Mas este Colombiano, naturalizado Brasileiro com muito orgulho, ousou na campanha, venceu os poderosos e inicia seu mandato também ousando.
Hoje ao acompanhar suas movimentações em seu primeiro dia como prefeito da capital pelas redes sociais, resolvi também ousar. Indignado com a sujeira, e a forma como as pessoas utilizam o espaço público. Convidei o prefeito para conhecer a realidade próxima a minha casa. Para minha surpresa, ele veio, e deixou um recado claro a quem explora um espaço público, “a coisa aqui vai mudar”. Não gostaram do que ouviram, mas eu gostei como cidadão que pago meus impostos em dia, cuido da minha casa, não jogando sujeira em local proibido, fiscalizo os vizinhos, mas não há punição! A sujeira é minha paisagem diária!
Quando o ex-prefeito de Palmas Dr. Odir junto com o seu auxiliar na pasta da Agricultura Renato Buzolini, implantaram as hortas comunitárias em Palmas, o tempo era outro, as necessidades também. Hoje as coisas evoluíram e necessita urgentemente de mudanças. Na época e até a última gestão, a prefeitura paga água, dá os insumos necessários para a produção nas hortas, os beneficiários vendem as hortaliças, lucram, mas afinal qual o retorno à prefeitura tem? Esta foi uma pergunta que Amastha também fez aos beneficiários do espaço na horta! Silêncio total!
Não há retorno, nem da limpeza do local! Tudo é subsidiado pelo poder municipal! Não tem dinheiro em caixa que dê conta desta esparrela. É necessário uma contrapartida por quem explora o espaço que é público. Acredito que parte da produção tem que ir para a escola próxima da horta, a limpeza tem que ser frequente por quem utiliza o espaço, seja a parte interna ou externa e fiscalizada. Enfim fazer das hortas uma cooperativa onde todos ganham. É se não aceitarem, a sugestão é construir praças seria uma excelente alternativa. Prefeitura e comunidade é o caminho possível, uso do bem comum para o bem comum!
Outro caminho possível, que acredito é das redes sociais, um canal interativo e direto com os nossos representantes. É claro que nem sempre o prefeito poderá ir pessoalmente, mas seus assessores, secretários podem auxilia-lo, tenho certeza que funcionará. Quanto aos vereadores, estes também precisam entrar no ritmo do chefe do executivo, seja da base ou da oposição. Hoje sua visita aos postos de saúde e a horta comunitária, em seu primeiro dia de trabalho, foi um gesto cheio de simbolismo, mas de um significado pratico em curto prazo que não posso dimensionar agora, mas o tempo é o senhor da razão e me dará a resposta, isto não tenho duvida.
Luciano Coelho de Oliveira – Funcionário Público Municipal
Orientador Educacional no CEJA Jandira Torres
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