Pesquisas Eleitorais: Coragem para fazer!

\"Na vida, não existe nada a se temer, apenas a ser compreendido.\" Marie Curie

 

Quando não conhecemos, nem podemos prever um resultado de uma ação, nosso primeiro sentimento é o medo: receio da falha, do julgamento negativo ou da derrota.

Para compreendermos novas realidades é necessário observá-las, vivenciá-las, experimentá-las.

Não há status quo superado sem coragem para o enfrentamento.

Não há método que consiga medir o que ainda não aconteceu, mas a curiosidade humana e a busca incessante para antecipar realidades evoluem em teorias e metodologias nas mais diversas áreas da ciência para se conhecer o futuro antes que ele se realize.

 No campo das ciências sociais aplicadas, aliadas a matemática e estatística, está consolidada a pesquisa quantitativa como uma ferramenta para elaboração de estados momentâneos, tendências, previsões e projeções.

Neste cenário é que são desenvolvidas as pesquisas eleitorais. Em um ambiente político, no qual diagnostica-se, com base cientifica, tendências de intenção e rejeição de voto.

Neste ano de 2012, iniciamos as atividades do IPET1, fruto da fusão entre o Instituto de Pesquisa do Tocantins - IPETO e o Portal de Notícias T1. Resolvemos ir de encontro ao desconhecido. Correr os riscos do erro e do julgamento negativo. Com um foco certo em toda equipe que nos acompanhava: a VERDADE - chegar o mais próximo dos  resultados reais.

Ao fim do processo eleitoral, como fruto de trabalho criterioso e dedicado, obtivemos um nível de acerto singular. 94,12% dos resultados que mapeamos se mostraram convergentes aos das urnas. Nosso erro: 5,88%. De 17 acertamos 16, erramos 1.

Como em qualquer lugar do mundo pesquisas eleitorais sempre foram e serão polêmica em qualquer disputa. Mas polemizar, incentivar o debate, a busca por mais informações é sempre salutar e favorável a democracia.

Nestas eleições presidenciais nos Estados Unidos a parceria Quinnipiac/New York Times/CBS sofre pressões pelo lado republicano que insiste em afirmar que há problemas no plano amostral, considerando que há mais democratas cadastrados na base de eleitores entrevistados, e por este motivo Obama segue na liderança.

Segundo a Folha.com o Datafolha e Ibope também tornaram-se alvo de críticas desde domingo,8, em razão de resultados eleitorais que destoaram de pesquisas concluídas na véspera da votação, sobretudo em São Paulo e Curitiba.

Nós erramos em Gurupi, a 3ª cidade mais populosa do nosso Estado e que possui enorme importância na política estadual. Reconhecemos o erro. Levantamos questionários, bases, planos amostrais e observamos que não falhamos em metodologia, falhamos em não diagnosticar suscetibilidade da alternância de lado.

A maioria declarou voto, mas poderia mudar, mesmo estando bem próximo ao pleito. O trabalho do pesquisador se parece com o trabalho de um fotografo, é necessário várias fotos para mostrarmos a real tendência, quando o cenário é instável e muda velozmente.         

Entre o erro e os acertos, valeu a pena realizar, saltar a zona de conforto, mostrar a cara e ter ao fim da jornada a sensação de dever cumprido. Saber que só alcança o sucesso quem não teme o fracasso. Viver o sentimento de quem não se acanha diante do desconhecido, que parte para cima, que enfrente, que erra, que perde. Mas que sabe que tentar é única maneira de vencer.

 

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