Para discutir políticas de conscientização e proteção da mulher indígena contra a violência, ao mesmo tempo possibilitar a troca de experiências, acontece nesta quinta-feira, 7, e sexta-feira, 8, em Palmas, o 1º Fórum de Proteção da Mulher Indígena no Tocantins. Realizado pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot), em parceria com a Secretaria da Mulher e outras redes de defesa do estado, o evento reunirá mulheres das 16 etnias indígenas, especialistas da área dos direitos da mulher, profissionais da saúde mental e redes de apoio à frente da causa.
Para o secretário dos Povos Originários e Tradicionais, Paulo Waikarnãse Xerente, o fórum representa um marco nas estratégias de disseminação de informações acerca da violência que essas mulheres enfrentam nos territórios, bem como a luta e resistência delas.
“A realização desse fórum nos dará a oportunidade de dialogar com essas mulheres, entender a realidade em que vivem nas aldeias, pois muitas vezes elas se encontram em um contexto de dor e silenciamento. Com a Secretaria da Mulher e outros parceiros, fortalecermos essa política para integrar, acolher e dar voz às mulheres indígenas ao redor do estado”, afirmou.
O fórum surge como uma necessidade de espaço para escuta de mulheres pertencentes às diferentes comunidades indígenas do estado. A secretária da Mulher, Berenice Barbosa, ressalta a importância da melhora das políticas públicas em prol da causa.
“O fórum será um canal de escuta e diálogo, uma vez que essas mulheres irão falar sobre a necessidade real delas. A partir dessa iniciativa, vamos aprimorar essas políticas em prol dessas mulheres, por meio da formação de uma rede que estará disposta a conhecer a cultura e a vivência delas para podermos realizar ações mais concretas”, ressaltou.
A secretária-executiva da Sepot, Cris Freitas, destaca que o evento também será propício para debater políticas de segurança e proteção dos direitos da mulher, pautando as diferentes formas de violência e como elas podem encontrar uma rede de apoio.
“Vamos realizar esse fórum para as mulheres entenderem que o Estado está consciente e presente para ajudá-las a vencer esse momento de dor e vulnerabilidade. Nossa expectativa é que este evento traga uma nova visão de como elas podem enfrentar essas diversas situações de violência”, concluiu.
Programação
A abertura oficial nesta quinta-feira, 7, no auditório do Sebrae, em Palmas, terá apresentação da Banda da Polícia Militar, almoço e coffee break. Em seguida, na Escola de Contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE), terá início a roda de conversa com o tema ‘Letramento Etno Racial’ e grupo de trabalho com mulheres indígenas. O fórum ainda oferecerá palestras e rodas de conversa. Destaque também para a sala de acolhimento que oferecerá um ambiente seguro para as mulheres com apoio necessário. No dia seguinte, terá continuação dos grupos de trabalho e pausas para refeições no TCE, por fim, a leitura da carta de intenções com fala da Sepot e o encerramento do fórum.
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