Acadêmicos da UFT são contra proposta do governo que obriga trabalhar no SUS

Para Centro Acadêmico de Medicina da UFT medidas são ineficientes porque não melhoram estrutura oferecida aos profissionais e sem respaldo legal

Estudantes de medicina do Tocantins começam a se mobilizar contra as medidas propostas pelo governo federal para o curso de Medicina, que conforme a medida passará de seis anos para oito e os acadêmicos terão que trabalhar dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS), antes de receber o diploma.

Para o presidente do Centro Acadêmico de Medicina da UFT (Universidade Federal do Tocantins), Anselmo Fernandes, a proposta é um equivoco, porque, segundo ele, os problemas da saúde pública do país somente vão se resolver com melhoria na estrutura disponibilizada aos profissionais. “Para nós está proposta é ineficiente de uma forma geral e sem respaldo legal, porque ninguém pode obrigar uma pessoa a trabalhar onde não quer”, disse.

A proposta tem a finalidade de ampliar a oferta de médicos e melhorar a formação acadêmica. A mudança foi encaminhada por meio de Medida Provisória e deverá ser regulamenta em 180 dias. O programa, denominado de Mais Médicos, inclui ainda o recrutamento de profissionais estrangeiros para trabalhar em áreas prioritárias. No período que os estudantes trabalharem nos serviços públicos de saúde receberão um bolsa, ainda sem valor definido.

Para o coordenador do curso de Medicina da UFT, Paulo Geovanny, a proposta é importante como medida de melhoria social, porque possibilita que a medicina seja levada a regiões mais afastadas no país. “A proposta será debatida em reuniões com o Colegiado de Medicina da UFT de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Educação, para a adequação do projeto curricular e pedagógico do curso”, disse.

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