Ações educacionais realizadas durante a pandemia são destaque em estudo nacional

Evento online destacou ações de redes públicas de ensino em áreas como práticas pedagógicas, suporte e formação de professores, orientação às famílias e distribuição de alimentos.

Crédito: Reprodução/Secom Governo do Tocantins

Ações educacionais desenvolvidas em todo o país durante a pandemia do novo coronavírus foram apresentadas em live, na tarde desta sexta-feira, 19.

 

Trata-se dos resultados da pesquisa “A Educação não pode esperar: Estratégias das Redes de Ensino durante e após a pandemia”, um estudo realizado pelo Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB), pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) e por 26 Tribunais de Contas de todo o Brasil. Ao lado de projetos de diversos estados, as ações do Governo do Tocantins desde o início das medidas de isolamento social foram evidenciadas como destaque.

 

O evento destacou ações de redes públicas de ensino em áreas como práticas pedagógicas, suporte e formação de professores, orientação às famílias, distribuição de alimentos aos estudantes e estratégias para combater o abandono escolar e as defasagens de aprendizagem.

 

Cezar Miola, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul e presidente do CTE-IRB, destacou a importância das estratégias para a aprendizagem pós-pandemia. “A diversidade de atividades desenvolvidas durante esse período tem o poder de identificar problemas e contribuir com alternativas para mitigar a situação. São ações que podem ser replicadas, e promovem novas experiências e aprendizado para o futuro educacional”.

 

Experiências de sucesso

 

O diretor do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede),  Ernesto Martins Faria, conduziu o bloco de compartilhamento de experiências e comentou o empenho do Tocantins. “A rede estadual de Tocantins desenvolveu várias estratégias online, além de pensar nos estudantes que não têm acesso, para que possam estudar de casa, com material disponibilizado para garantir o acesso”, pontuou.

 

A secretária de Estado da Educação, Juventude e Esportes do Tocantins, Adriana Aguiar, pontuou que as iniciativas neste período de pandemia são pensadas para que todos sejam contemplados.

 

“O Governo do Estado tem se preocupado com a diversidade das comunidades escolares, já que temos escolas que são regulares, indígenas, quilombolas e o público da rede estadual é diverso. Primamos também pela sustentabilidade, no desenvolvimento de ações que possam ser replicadas nos municípios, com o cuidado de pensar nos estudantes que têm internet e nos que não têm acesso”, explicou.

 

Além da experiência do Tocantins, o instituto selecionou como caso de sucesso as medidas adotadas pelo Município de Barroquinha (CE), cuja experiência também foi apresentada no painel pela secretária municipal Angeliete Veras.

 

Ações no Tocantins

 

Entre as ações desenvolvidas, no Tocantins, pela Seduc, estão a distribuição de kits de alimentação aos mais de 157 mil estudantes matriculados nas 493 unidades escolares da rede estadual de ensino. A primeira etapa das entregas foi finalizada no início de junho, período em que começou a segunda etapa, que está em andamento.

 

Paralelamente à entrega dos kits, a Pasta apresentou uma proposta inovadora para a retomada das atividades escolares na rede estadual. A medida estabelece o retorno gradual das aulas, começando pela 3ª série do ensino médio, em regime não presencial; e, a partir de agosto, o retorno gradual e escalonado dos estudantes à sala de aula, seguindo as recomendações dos órgãos de Saúde. A proposta começou a ser implementada nesta semana, com formação aos profissionais da educação (Para mais informações, acesse o link).

 

E para atender aos estudantes que estão em vias de realização do Exame Nacional do Ensino Médio e vestibulares, a Secretaria reformulou o programa #TOnoEnem, com a campanha “TO de casa NO ENEM”, que traz atividades online e offline, não presenciais, do preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio.

 

Dentre as ações, o programa conta com um canal específico no YouTube, que oferece aulas online e plantões tira-dúvidas e, para aqueles que não possuem acesso a computadores ou internet, estão sendo disponibilizados materiais didáticos impressos, que podem ser retirados nas escolas, ou, em caso de moradores da zona rural, entregues pelo transporte escolar; bem como plantões tira-dúvidas por meio de atendimento telefônico (0800-635050) ou diretamente nas escolas, mediante agendamento.

 

A pesquisa

 

A pesquisa “A Educação não pode esperar” foi realizada por amostra em 232 redes de ensino municipais e 17 estaduais em todas as regiões do país. Segundo a pesquisa, 79% das secretarias de educação já possuem alguma estratégia para evitar o abandono e 82% para fazer um diagnóstico sobre como suprir a defasagem.

 

A inciativa e o estudo têm o apoio da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e do Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais Contas (CNPTC).

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