Administrativo da Sefaz para, fecha coletorias e já afeta recebimento do Refis

Paralisação pode durar até 29 dias, segundo presidente do Sindaf. Com coletorias da Sefaz fechadas, pagamentos através do Refis não podem ser feitos. Negociações devem começar esta tarde.

Servidores paralisaram trabalhos
Descrição: Servidores paralisaram trabalhos Crédito: Lourenço Bonifácio

Os servidores do quadro administrativo da Secretaria da Fazenda (Sefaz) paralisaram atividades na manhã desta segunda-feira, 11, conforme estava previsto caso o governo não atendesse as demandas da categoria até a última sexta-feira, 8.

 

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Administrativos da Fazenda (Sindaf), Estevão Silveira, “os principais motivos da paralisação é o fato do governo ainda não ter atendido o pedido para que seja revogada a Lei 2.890, que regulamenta o quadro administrativo da Sefaz e seja feito um novo enquadramento”.

 

Outra reivindicação da categoria é que seja feita a imediata nomeação dos servidores administrativos que estão trabalhando em cargos de chefia desde janeiro, e que segundo o Sindaf, ainda não foram nomeados.

 

“A expectativa era muito grande para que o secretário resolvesse nosso problema, não queríamos ter chegado a esse ponto. Isso é ruim para o governo e para nós, mas foi a única alternativa” disse o presidente do Sindaf.

 

Refis prejudicado

 

Com a paralisação dos serviços administrativos da Sefaz, 117 coletorias, agencias de atendimento da secretaria, deixam de fazer arrecadações. O governo deixa de arrecadar inclusive débitos através do Programa de Recuperação de Créditos Fiscais do Governo do Tocantins (Refis).

 

Segundo o Sindaf, 98% dos servidores aderiram a paralisação, em todo o Estado. Negociações poderão ser iniciadas ainda nesta segunda. “Fomos chamados ao gabinete do secretario esta tarde para iniciar as negociações”, disse Estevão Silveira.

 

Sefaz considera paralisação precoce

A Secretaria da Fazenda (Sefaz) respondeu ao  T1 que a paralisação dos servidores do quadro administrativo é considerada precoce, porque ainda não foram finalizadas as negociações e que “o canal de conversas continuava aberto”.  A Sefaz afirmou que espera que todos os servidores retornem aos seus postos de trabalho.

 

Confira a nota da Sefaz na íntegra:

Sobre a paralisação dos servidores administrativos a Sefaz informa que a mobilização foi totalmente pacífica, sem incidentes; A Sefaz tem conhecimento e a gestão entende que a paralisação é precoce, pois o processo de negociações não havia chegado ao fim e o canal de conversas continuava aberto. O esperado é que todos retornem aos seus postos de trabalho. 

 

Entenda o caso

A categoria foi alvo de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE), que pede a anulação da Lei Estadual 2.890/2014, que instituiu o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do quadro técnico e do apoio administrativo da Sefaz. O MPE alega que os cargos deveriam ser preenchidos por concurso público específico para a Sefaz e que o PCCR pode onerar a folha de pagamento.

 

O presidente do Sindaf afirmou que, por esse motivo, os servidores querem que a lei seja revogada e que seja feito um novo enquadramento da categoria através de uma nova Medida Provisória.

 

Apesar dos servidores estarem com as atividades paralisadas, Estevão Silveira alega que eles devem ter garantido o direito de assinarem a folha de pontos. Ele afirmou ao T1 que em três delegacias do Estado, em Palmas, Paraíso e Tocantinópolis os servidores estão sendo impedidos de assinar a folha.

 

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(Atualizado 17:23)

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