Adolescentes participam de projetos que ajudam na reinserção social

Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio da Gerência do Sistema Socioeducativo, tem garantido aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa ações de ressocialização.

Produção artística faz parte de ações.
Descrição: Produção artística faz parte de ações. Crédito: Seciju _ Divulgação

Atividades e projetos que ajudem na reinserção social de adolescentes cumpridores de medidas socioeducativas são realizados por equipes técnicas em nove unidades socioeducativas do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju). Cinco delas localizadas em Palmas, duas em Gurupi, uma em Araguaína e outra em Santa Fé do Araguaia.

 

Essas unidades são divididas entre Centros de Atendimento, Centros de Internação Provisória e Unidades de Semiliberdade e seguem o conjunto de princípios, regras e critérios estabelecidos pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). Os projetos buscam a responsabilização, a integração social e a garantia dos direitos individuais e sociais dos adolescentes.

 

O gerente do Sistema Socioeducativo, Jardel Alves de Souza, ressalta a importância das ações que visam a ressocialização. “São de extrema importância. Estamos trabalhando paulatinamente para atender o que exige a lei do Sinase, assim buscamos desenvolver projetos sociais e culturais, cursos profissionalizantes, de assistência religiosa e que promovam a melhor ressocialização do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa. Hoje, conseguimos ofertar estas ações de ressocialização em praticamente todas as unidades”, finalizou.

 

Case Palmas

 

No Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), localizado em Palmas, são desenvolvidas oficinas de artesanato, cursos profissionalizantes, grupos terapêuticos, eventos em datas comemorativas, eventos esportivos, feiras de hortaliças e palestras com temas diversos. De acordo com Mayra Soares Barbosa, agente especialista socioeducativo, as atividades ofertadas sempre buscam proporcionar outras vivências. “Todas as atividades tem caráter pedagógico, com a participação ativa do interno, facilitando o processo de socioeducação e possibilitando novas experiências”, garante.

 

Ceip Sul

 

No Centro de Internação Provisória de Gurupi (Ceip-Sul), que atende adolescentes do sexo masculino, executa ações pontuais de ressocialização, com a oferta de oficinas de teatro, artes plásticas e atendimento de Coaching. Essas atividades auxiliam na melhora da comunicação e no convívio social para gerar mudanças da perspectiva de vida. Na unidade também são ofertados projetos de incentivo à leitura; orientações da área de nutrição, psicoterapia em grupo e projeto de pintura.

 

O chefe de unidade do Ceip Sul, Marcelo Gonzaga, afirma que a partir dos projetos e ações de ressocialização é possível fazer a diferença na história dos adolescentes. “Na aplicação de medidas socioeducativas, o papel da unidade é de orientar o adolescente na redescoberta de seus valores, direitos e deveres, trabalhando em forma de projetos significativos para sua vida e elevando a autoestima. Com esses projetos de ressocialização a unidade busca reescrever a história desses adolescentes”, ressaltou.  

 


Ceip’s Central

 

Já os Centros de Internação Provisórios masculino e feminino de Palmas (CEIP’s Central – Masculino e Feminino) ofertam atividades que envolvem apresentação de filmes, selecionados pela equipe de acordo com uma proposta pedagógica, por meio do Cine Ceip, além de atividades e rodas de conversa em grupo. Edgar Soares, chefe de uma das unidades, explica sobre outras ações executadas pela equipe. “A equipe trabalha para melhorar o ambiente e ensinar técnicas de agricultura aos adolescentes. Para isso, a gente tem desenvolvido o projeto de uma horta orgânica e um projeto de jardinagem, que servem como uma terapia e ensinam uma técnica que irá auxiliá-los no mercado de trabalho”, disse.

 

USL Gurupi

 

Na Unidade de Semiliberdade (USL) masculina de Gurupi, existe um acompanhamento social familiar, oficinas de saúde, de desenho e ovos de Páscoa, além de projetos de arte e Coaching. "As ações promovem a garantia de direitos durante o cumprimento da medida levando os adolescentes e seus familiares ou responsáveis a compreender que a negligência desses direitos pode interferir negativamente na vida social do adolescente. Sendo assim, com acesso à saúde, estudo, cursos e à cultura podem despertar no adolescente uma nova perspectiva de futuro fora do ideal", explicou a agente especialista socioeducativo da USL, Clecyane Alves.

 

USL Araguaína e Ceip Norte

 

Na Unidade de Semiliberdade (USL) de Araguaína, os adolescentes tem tido acesso a campeonatos desportivos internos, além de visitas a locais turísticos do município. Já no Centro de Internação Provisória (Ceip) na região norte do estado estão previstos, graças a parcerias com a Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE/TO) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), cursos de informática básica para os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa.

 

 

 

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