Agência de Fomento aponta ato de Carlesse como ilegal e comunica Banco Central

Para a Agência, o ato do governador é ilegal, já que o mesmo não teria legitimidade para destituir diretor-presidente do cargo e nomear novo gestor

Agência de Fomento aponta ato de Carlesse como ilegal
Descrição: Agência de Fomento aponta ato de Carlesse como ilegal Crédito: Divulgação

A Agência de Fomento declarou que o ato do governador Mauro Carlesse (PHS) de afastar o diretor-presidente Maurílio Ricardo Araújo de Lima do cargo por supostas irregularidades, é ilegal. Ao T1 Notícias, uma fonte informou que há perseguição política dentro do órgão, com pedidos de secretários do Governo para que Lima renunciasse ao cargo desde o início da nova gestão do Executivo. Como o fato não ocorreu, o governador valendo-se da posição de sócio com maior investimento na Agência, em ato publicado em Diário Oficial, pediu o afastamento do gestor e nomeou um novo para assumir o cargo. 

 

Ocorre que segundo apurou o Portal T1 Notícias, a escolha do comando da Agência de Fomento é realizada pelo Banco Central, que já teria sido inclusive comunicado pelo órgão sobre ato considerado ilegal do governador, que não teria legitimidade para isso. Além do Banco Central, o órgão também comunicou à Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF).

 

Por telefone, a Agência de Fomento esclareceu não é um órgão do Governo Estadual, que tem capital livre, seus comandos decididos pelo Banco Central e que o Governo é o sócio majoritário, mas não com legitimidade para determinar a gerência do órgão, questionando, inclusive, a validade da nomeação do novo chefe.

 

Sobre os apontamentos do Governo, que havia solicitado cópias dos empréstimos pela Agência, o órgão declarou que os documentos que não foram enviados obedecem a cumprimento da Lei de Sigilo Bancário e que os atos supostamente irregulares sugeridos pelo Governo do Estado, não correspondem ao período da gestão de Maurílio Lima. Este assumiu em março de 2018, enquanto os atos questionados pelo Governo são de 2014 e 2015, segundo informou a assessoria jurídica do órgão.

 

O mandato de Maurílio Lima se estende até o ano de 2020.


Entenda

 

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