Olhar para o movimento no espaço faz parte da rotina dos estudantes da Escola Estadual Frederico Pedreira, de Palmas. O trabalho com as ciências ligadas ao espaço ocorre nas aulas de astronomia. Para incentivar mais a aprendizagem sobre essa ciência, professores e estudantes ficaram apostos na madrugada desta segunda-feira, 21, para observarem o fenômeno lunar.
Por volta das 00h37, horário de Brasília, ocorreu o único eclipse lunar total do ano de 2019. Em seguida, foi o momento de outros fenômenos conhecidos como Superlua de Sangue, que é quando a Lua se encontra em um ponto mais próximo da terra, e adquire a coloração avermelhada, devido ao alinhamento em relação ao Sol e a Terra. A equipe se reuniu na casa da professora Solange Maria C. Lima, para observar o fenômeno.
O eclipse lunar é um fenômeno astronômico que ocorre toda vez que a Terra fica entre o Sol e a Lua, exatamente na linha de intersecção de sua órbita com a da Lua, a chamada “linha dos nodos”, e sempre que a Lua está na fase cheia.
Quando isso ocorre, a Lua entra na chamada zona de “umbra”, ou sombra, ou “penumbra” da Terra e fica totalmente ou parcialmente invisível durante alguns minutos.
Michael Monteiro Matos, professor de física, é um dos idealizadores do projeto AstroFred, que leva os alunos a conhecer e estudar a astronomia. Ele já fez o curso Stem, na Universidade de São Paulo (USP), em fevereiro do ano passado, e incentiva os alunos a observarem o espaço.
Michael conta que acompanhou todas as fases do fenômeno. “Conseguimos registrar com fotos do início até o final do eclipse, observando cada uma das etapas pela qual a Lua passava. A escola criou o Clube da Astronomia-Astro Fred, com a finalidade de despertar o interesse dos alunos pelas ciências. É uma forma de mostrar que não é difícil estudar física e química e que por meio da astronomia é possível envolver outras disciplinas como história", explicou Michael.
A escola Frederico, com o Programa Ensino Médio Inovador (Proemi), adquiriu dois telescópios e uma Luneta para o Clube de Astronomia, foi com esses aparelhos que a equipe conseguiu fotografar e fazer as observações dos movimentos da Lua, Terra e outros planetas.
Segundo Luan Crispim de Andrade, professor e componente do projeto, a observação real foi muito interessante. “Observamos o fenômeno desde o início, ficamos até por volta das 4 horas da manhã, que foi quando apareceram os planetas Júpiter e Vênus lado a lado que fizeram parte do fenômeno. Com esse grupo, que envolve alunos e professores, a gente acompanha os eventos dos astros sempre juntos”, destacou.
Comentários (0)