Alunos da UFT devem retornar as aulas dia 24

A UFT decidiu em assembleia geral realizada na tarde desta sexta-feira, 14, pelo fim da greve que já durava quase três meses. Na ocasião, 36 professores votaram pelo fim do movimento.

Ao Portal T1 Notícias a professora Neila Nunes de Souza, do Comando de Greve da UFT, informou que uma nova reunião foi marcada para o dia 19 na qual será definido como ficará o calendário escolar. “Nesta nova assembleia será confirmada a decisão de encerrar a greve da categoria e também iremos definir como ficará o calendário escolar, visto que temos mais da metade do semestre para ser cumprido. Mas a previsão é que as aulas sejam iniciadas no dia 24”, informou.

 

Apesar o fim da paralisação, Neila afirmou que os direitos exigidos ao governo, como a reestruturação do plano de carreira, não foi cumprido. “É lamentável perceber que o governo não se importar com a educação do país, que deveria ser um dos pilares da sociedade. Saímos da greve mais por consideração aos alunos que já estavam muito prejudicados e como o governo endureceu e não quer negociar entendemos que não havia outra alternativa se não voltar”, declarou.

 

Reivindicações

A professora ainda destacou a frustração do movimento. “É frustrante perceber que questões fundamentais como plano de carreira não foi negociado e só conseguimos reajuste oferecido pelo Governo Federal, de 15,8% divididos em três parcelas, a começar a partir de 2013. Por isto  não descartamos  a possibilidade de uma nova greve no ano que vem”, disse.

 
Greve

A greve da UFT   teve início no dia 25 de maio, tinha como pauta principal a reestruturação do salário e da carreira docente.
Desde o dia 31 de agosto, no entanto, o movimento tem perdido força. Isto porque, nesta data, a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes - Federação) firmou um acordo com o governo federal, aprovando o Projeto de Lei (PL) 4.368/2012, que dispõe sobre a carreira do magistério superior e básico.


 

O PL apresentado, no entanto, não atende às exigências do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes - SN), que manteve paralisação. O comando geral de greve da UFT considera que a proposta acordadaa entre o Proifes e o governo, além de não contemplar as sugestões apontadas por anos de negociação com o Andes, não representa a vontade da maioria da classe, visto que o Proifes representa apenas oito instituições.


 

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