Amastha aciona MPF e PF por suposto uso irregular de jato e pede saída de Rérison

Segundo Amastha, planilhas de voo e relatórios do Governo do Tocantins indicam que viagens de lazer, festas familiares, jogos de futebol e deslocamentos de caráter particular teriam sido registradas

Crédito: Divulgação Ascom/Vereador Carlos Amastha

O ex-prefeito de Palmas, vereador Carlos Amastha, protocolou representações na Polícia Federal e no Ministério Público Federal denunciando o suposto uso irregular de aeronave oficial pelo governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, pela primeira-dama Karynne Sotero, por familiares, aliados políticos e pelo superintendente do Sebrae Tocantins, Rérison Antônio de Castro, filho do governador.

 

 

Segundo Amastha, planilhas de voo e relatórios do Governo do Tocantins, além de reportagem exibida pela TV Anhanguera, indicam que viagens de lazer, festas familiares, jogos de futebol e deslocamentos de caráter particular teriam sido registradas como “missões oficiais” ou “agendas institucionais”. Entre os passageiros estariam o governador, a primeira-dama, o deputado estadual Léo Barbosa, integrantes do primeiro escalão e o presidente da Assembleia Legislativa, Amélio Cayres.

 

 

Rérison Castro aparece repetidamente nas listas de passageiros, sempre identificado como superintendente do Sebrae. Porém, segundo a representação, não há comprovação de que ele tivesse qualquer compromisso oficial do Sebrae nos destinos e datas dessas viagens.

 

 

Para Amastha, o caso ganha gravidade adicional porque o Sebrae é uma entidade nacional financiada por recursos parafiscais e submetida a regulação federal. “O que estamos vendo é o uso de avião pago pelo povo do Tocantins como se fosse jatinho particular da família Barbosa”, afirmou. Ele sustenta que o superintendente teria se beneficiado do cargo para integrar voos cobertos pelo Tesouro estadual.

 

 

As representações ao MPF e à PF apontam, em tese, possíveis crimes contra a administração pública, como peculato-desvio, emprego irregular de verbas públicas, possíveis práticas de corrupção e atos de improbidade administrativa, que devem ser analisados pelas autoridades competentes.

 

 

Em paralelo, Amastha também apresentou representação ao Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Tocantins. No documento, ele aponta supostas violações ao Estatuto, ao Regimento Interno e ao Código de Ética do Sistema Sebrae atribuídas a Rérison Castro e pede seu afastamento cautelar e destituição do cargo de superintendente.

 

 

Amastha ainda fez um apelo ao presidente nacional do Sebrae, Décio Lima, para que o órgão acompanhe o caso. Segundo ele, a situação exige atuação direta da direção nacional para preservar a imagem da instituição.

 

 

Os documentos que embasam as denúncias planilhas foram encaminhados às autoridades federais para subsidiar eventuais investigações

 

 

Sebrae diz que não tem relação

Procurado pelo T1 Notícias , o Sebrae informou que "não possui relação com as viagens mencionadas, realizadas em aeronave locada pelo Governo do Estado".

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