Amastha exige da CGU explicações sobre seu suposto envolvimento em contrato

O ex-prefeito admitiu abandonar a vida pública, se o superintendente mostrar uma prova sequer que o coloque como suspeito de ter feito qualquer coisa errada

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O ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha protocolou nesta manhã de sexta-feira, 24, um pedido junto à Superintendência Regional da Controladoria Geral da União (CGU) “exigindo” explicações do titular do órgão no Tocantins, Leandro da Cruz Alves, sobre o seu envolvimento na “Operação Carta Marcada”, deflagrada pela Polícia Federal na última terça-feira, 21.

“Estou exigindo que o superintendente da Controladoria Geral da União (CGU) tenha a dignidade de reconhecer que causou um prejuízo enorme à sociedade e que mostre para a imprensa se isso tem veracidade ou não. Eu tenho direito ao contraditório, na frente dele e da imprensa, porque quando falaram barbaridades sobre mim, eu não tive como me defender no momento, além de que fui violentado, ferindo meu direito e minha honra e também a das outras pessoas que foram envolvidas na ação”, argumento ao T1 Notícias nesta sexta.

 

 

 

O ex-prefeito disse que não vai passar por esse constrangimento, novamente, alegando que tem uma eleição pela frente. Ele admitiu abandonar a vida pública, se o superintendente mostrar uma prova sequer que o coloque como suspeito de ter feito qualquer coisa errada.

 

 

“Eu não vou para uma eleição fragilizado, estamos em um debate muito forte para eleger o prefeito da cidade e, para isso, tenho que estar com a cabeça bem erguida, como sempre estive, e o povo sabe que eu faço uma política diferenciada em prol da cidade e não em prol do meu bolso”, assumiu Amastha.

 

 

“Exijo que até segunda-feira a CGU mostre o desvio dos R$ 15 milhões e respeito pela minha família, por mim, pelos secretários e principalmente pelos palmenses”, acrescentou.

 

 

No ofício protocolado na CGU, Amastha expressou inconformidade ao relatório do órgão, o que segundo ele, levou as autoridades ao “erro”, informando que houvesse pagamento a maior no contrato de locação de veículos.

 

 

Comunicou também que o relatório não considerou o fato de que a gestão, ainda em 2014, “exigiu a redução do valor da locação em 10,27%, posicionando-se ao patamar do contrato anterior”. No documento, o ex-prefeito pediu que o superintendente convoque uma coletiva de imprensa, de forma remota para a próxima segunda-feira, 27, às 8 horas, para “corrigir os equívocos anunciados”.

 

 

“Aguardo retorno com urgência, para que eu possa me programar para a reunião, assim como ter tempo de convidar a imprensa para participar”, finalizou

 

 

Operação Nosotros

 

Em 2016, poucos dias antes das eleições, o ex-prefeito afirma que sofreu um processo parecido e que agora não vai novamente passar pela mesma situação ao se referir à ‘Operação Nosotros’, que investigava uma suposta fraude envolvendo o processo de licitação do BRT-Palmas no valor aproximado R$ 260 milhões, com possível repasse de informações privilegiadas para empresas que participaram da concorrência.

 

Amastha teve que esperar quatro anos para que o Ministério Público Federal reconhecesse que ele não havia praticado irregularidades, arquivando o processo.

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