Por falta de pagamento da Secretaria de Saúde, desde o início da manhã desta terça-feira, 2, os anestesiologistas que prestam serviços para os hospitais do Estado suspenderam suas atividades no Tocantins. Segundo o presidente da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Tocantins (Coopanest), Mário Sérgio, a dívida é de R$ 13 milhões. Os anestesistas estão atendendo somente situações de urgência e emergência.
“Em setembro pagaram parte da folha, desde então não estamos mais recebendo. Fizemos um acordo, porém a Saúde dizia que ia pagar, mas a Sefaz não pagava, falando que não tem dinheiro. Não temos mais condições de continuar”, afirmou Mário.
Segundo explicou o presidente da Coopanest ao T1 Noticías, na sexta-feira, 29, a decisão em reduzir os serviços foi definida durante reunião da Cooperativa. Ainda na sexta, foi protocolado um documento no Ministério Público Estadual avisando que somente seriam atendidas ocorrências de urgência e emergência. Ontem, 1º, foi enviada uma carta ao secretário de Saúde Marcos Musafir e ao Conselho Regional de Medicina informando dos serviços suspensos.
Ainda de acordo com Mário, para atender todos os hospitais regionais do Tocantins a Cooperativa conta com aproximadamente 100 anestesistas associados. “Se não recebem desde setembro, fica difícil trabalhar. Ninguém quer trabalhar aqui”, explicou Mário.
Mario informou que aguarda um posicionamento do Estado, mas que há previsão para regularização dos serviços. “Comunicamos todos os órgãos de direito, não é justo a população ser prejudicada. Até o momento o Estado não disse nada, não apresentou nenhum acordo”, ressaltou.
Sesau explica
Em nota a Secretaria de Saúde informou ao T1 Notícias que existe acordo firmado pela Secretaria de Estado da Fazenda e a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Tocantins (Coopanest) para pagamento parcelado de débitos pendentes e esclareceu que em função da indisponibilidade financeira do Estado houve atraso no pagamento da parcela do mês de julho, que deve ser depositada em breve pela Fazenda. Ainda segundo a Sesau nenhum paciente ficará desassistido.
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