Médicos anestesistas do Hospital Geral de Palmas (HGP) estiveram na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas no final da tarde desta segunda-feira, 29, para prestar esclarecimentos sobre o protesto que foi realizado por pacientes e acompanhantes em frente ao centro cirúrgico do hospital nesta manhã. De acordo com os profissionais, eles foram chamados pelo delegado por terem sido citados pelos manifestantes.
O delegado responsável por apurar os fatos, Raimundo Cláudio, ligou para o representante da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Tocantins (Coopanest), Mário Sérgio, pedindo que os profissionais comparecessem na DPC para depor. “Não fomos intimados, o delegado ligou para o representante da Cooperativa por que somos citados pelo hospital durante o tumulto no HGP e ele quis ouvir a versão da outra parte, que somos nós”, explicou o médico Flávio Rogério Nadir Ferreira.
Dívidas do Estado com a categoria
De acordo com Nadir, durante a conversa com o delegado, o grupo entregou uma série de documentos da Coopanest, contendo contratos e documentações sobre negociações com o Governo do Estado, que também já foram entregues ao Ministério Público Estadual (MPE). “A dívida do governo com a gente é de cerca de R$ 13 milhões, negociada em setembro de 2015, que vem sendo paga em fração todo mês e não o total, daí vai acumulando”, afirmou.
O médico negou a informação de que a categoria está com os serviços paralisados. “Nós não paramos. A gente não pode parar, estamos cobrindo urgência e emergência”, garantiu.
Entenda
Pacientes e acompanhantes realizaram um protesto nesta manhã, em frente ao centro cirúrgico do HGP. Os manifestantes reclamaram da demora nas cirurgias eletivas, falta de insumos e de medicamentos no hospital, além da paralisação dos serviços da empresa Litucera, responsável pela alimentação e limpeza do hospital.
Na manhã desta segunda-feira, o presidente Coopanest disse ao T1 Notícias que os médicos anestesistas retomaram os atendimentos no HGP desde o último dia 23. Segundo o presidente, as cirurgias que não estão sendo realizadas não são mais por falta de anestesistas, que haviam suspendido o atendimento no dia 2 de agosto. Ele apontou ainda que o Estado havia prometido um pagamento para a categoria, o que não foi feito até o momento.
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