O presidente da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Tocantins (Coopanest), Mário Sérgio, informou ao T1 Notícias no início da tarde desta segunda-feira, 29, que os médicos anestesistas retomaram os atendimentos no Hospital Geral de Palmas desde o último dia 23. Segundo o presidente, as cirurgias que não estão sendo realizadas não são mais por falta de anestesistas, que haviam suspendido o atendimento no dia 2 de agosto. Ele aponta ainda que o Estado havia prometido um pagamento para a categoria, o que não foi feito até o momento.
A justificativa é devido a manifestação de pacientes e acompanhantes que ocorreu nesta manhã do HGP em frente ao centro cirúrgico da unidade, bloqueando a passagem de médicos e funcionários. Os manifestantes reclamaram da demora nas cirurgias eletivas, falta de insumos e de medicamentos no hospital, além da paralisação dos serviços da empresa Litucera, responsável pela alimentação e limpeza do hospital, que está prevista para começar amanhã, 30.
“A revolta que aconteceu hoje não tem nada a ver com o nosso grupo. O governo não cumpriu com o nosso compromisso. Voltamos os atendimentos, mas a dívida já está em R$ 1.750 milhão”. Segundo o cooperativista, no dia 19 de agosto o secretário da Fazenda Edson Ronaldo garantiu que iria pagar R$ 1.600 milhão à Coopanest, mas após o retorno dos anestesistas no dia 23, o dinheiro já empenhado teria sido retirado pelo Estado.
“Na sexta-feira (19) o secretário Edson prometeu me pagar R$ 1.600 milhão e eu disse que assim que ele empenhasse o dinheiro eu autorizava o retorno dos anestesistas. Ele empenhou o dinheiro na segunda-feira (22) e na terça-feira (23) eu autorizei o retorno dos anestesistas. E todo mundo voltou a trabalhar no HGP, porém ele foi lá e retirou o empenho. Ele me deu o calote”, afirmou o presidente.
Ainda de acordo com o presidente, a Cooperativa vai fazer um bolo de aniversário para “celebrar” um ano sem receber do governo do Estado. “Vamos comemorar um ano de aniversário, pois desde setembro do ano passado que estamos sem receber”, afirmou.
Por falta de pagamento da Secretaria de Saúde, os anestesiologistas que prestam serviços para os hospitais do Estado suspenderam suas atividades no Tocantins no dia 2. Segundo Mário Sérgio, a dívida total é de R$ 13 milhões.
O T1 Notícias solicitou o posicionamento das Secretarias Estaduais de Saúde e da Fazenda sobre o pagamento que teria sido cancelado e também sobre o pagamento total da dívida. Foram solicitadas ainda informações as providências que serão tomadas quando às reclamações dos pacientes.
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