Após deixar UTI, Gilvan Nolêto detalha incidente e nega tentativa de homicídio

Em entrevista ao T1, Gilvan revelou que era amigo dos envolvidos e descarta possibilidade de tentativa de homicídio: “eles tentaram me socorrer, mas depois a má fé tomou conta deles”, lamentou

Gilvan Nolêto deixa UTI e se recupera em hospital de Palmas
Descrição: Gilvan Nolêto deixa UTI e se recupera em hospital de Palmas Crédito: Divulgação/Facebook

O jornalista e perito da Polícia Civil aposentado, Gilvan Nolêto, saiu da UTI em um hospital particular de Palmas no final da tarde desta quarta-feira, 23, e foi transferido para um quarto de enfermaria, após ser resgatado de um afogamento na última sexta-feira, 18, no lago em Luzimangues. O T1 Notícias entrevistou Nolêto nesta quinta-feira, 24, que descartou a possibilidade de ter sofrido uma tentativa de homicídio e revelou que ele e os envolvidos no incidente já eram amigos de muitos anos.

 

“Em nenhum momento eu cedi meu cartão de crédito, não houve briga, agressão ou tentativa de homicídio. O que houve foi que, como de costume, gosto de mergulhar e nadar no lago. Comecei a me afogar e eles realmente tentaram me socorrer, tanto é que há marcas no meu braço do momento em que eles me tiraram da água, mas depois a má fé tomou conta deles. Éramos amigos, conhecidos. Com um deles tenho vários amigos em comum, mas nunca imaginei que ele fosse fazer uma coisa dessas. O outro, também, éramos conhecidos e temos muitos amigos em comum.  Um deles chegou ao ponto de ir ao hospital ver como eu estava, dirigindo o meu carro”, detalhou Gilvan.

 

Gilvan conta ainda que não chegou a contabilizar os gastos feitos pelos suspeitos em seu cartão e que ele não quer que haja impunidade. “Não vou deixar ficar dessa forma, não trabalhei mais de 23 anos na polícia para deixar que uma coisa dessas aconteça impunemente. Todas as imagens deles, visitando shopping, foram colhidas. Ainda estou sem acesso à internet e não contabilizei quanto eles gastaram, mas segundo a polícia foi algo em torno de R$ 3 mil. Não quero condenar ninguém, mas também não quero absolver o ilícito”, afirmou.

 

Na ocasião Gilvan também relatou que não imaginava que os envolvidos estavam o observando enquanto ele digitava sua senha. “Eles estavam de olho durante o tempo que eu digitava minha senha, durante minhas compras. Quando aconteceu o quase afogamento fui socorrido a tempo, eles socorreram, mas infelizmente eles cometeram a má fé e o crime de utilizar-se de bens alheios para usufruto próprio. Acho que foi momento de fraqueza e ambição deles. Eu não notei que estava sendo tão observado”, relatou.

 

Parada respiratória

A fisioterapeuta que acompanha a recuperação de Gilvan, Rejane Faleiro, informou em entrevista ao T1 que durante o afogamento Gilvan teve uma parada respiratória. “Durante o afogamento ele teve uma parada cardiorrespiratória e consequentemente engoliu muita água, que foi desviada para o pulmão, o que causou um processo inflamatório. Ele está fazendo uso de antibiótico e teve retorno de sangue pelo pulmão, por isso a necessidade de ser entubado. Graças a um atendimento rápido ele não ficará com sequelas. Só deverá agora passar por esse tratamento pulmonar”, acrescentou.

 

Agradecimento

O policial civil aposentado aproveitou para agradecer todas as orações que recebeu. “Eu me surpreendi com tantas orações. Eu agradeço todas elas e todas as preces e boas energias que contribuíram para minha rápida recuperação. Estou doido para ir para casa. Só tenho a agradecer”, disse.

 

Gilvan ainda fez um alerta: “eu sempre fui uma cobra d’água, bicho solto, cresci nadando em rios, mas fui traído pelo excesso de confiança. Oriento as outras pessoas que tenham cuidado”, acrescentou.

 

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