Após governo descumprir acordos, Sintras fará assembleias e pode iniciar greve

Sintras cobra do governo o cumprimento do acordo e pagamento do adicional noturno dos meses de agosto e setembro passado, além de insalubridade, gratificações e plantões extras aos servidores da saúde

Manoel Miranda convocará assembleias
Descrição: Manoel Miranda convocará assembleias Crédito: Foto: Ascom

O governo do Estado informou nesta quarta-feira, 21, à presidência do Sintras, que o Estado não recebeu repasse suficiente para quitar a folha complementar deste mês. “O Estado recebeu o repasse do FPE, mas o saldo é insuficiente para o complemento das consignações da folha de pagamento de setembro ainda, mas, vou pedir a Sefaz que se posicione oficialmente”, informou o secretário da Administração, Geferson Oliveira.

 

A informação refere-se à exigência do Sintras cobrando do governo o cumprimento do acordo e pagamento do adicional noturno dos meses de agosto e setembro passado, além de insalubridade, gratificações e plantões extras.

 

A nota de esclarecimento com o porquê do não pagamento dos direitos dos servidores também foi uma das exigências do Sintras na última reunião realizada no dia 13 deste mês, “pois a falta de informação oficial do Governo deixa a base mais desacreditada e inconformada com a situação”, diz o Sindicato.

 

Diante de todo o cenário de negociação e do não cumprimento do acordo, a diretoria do Sintras entende “que o governo não está cumprindo seu dever de casa. Também é comprovado diariamente no Diário Oficial do Estado que o governo contrata trabalhadores, inclusive políticos que não tem nem lotação e com salários expressivos tirando o direito do trabalhador para honrar acordos políticos. É notório ainda que o Governo continua com número excessivo de secretaria, cargos comissionados, trabalhadores contratados que não trabalham”, aponta o Sintras.

 

A diretoria do Sintras esclareceu que não é contra contratos, principalmente na saúde, por ser um serviço essencial, desde que estes sejam necessários e com a finalidade de prestar serviços a população. “Portanto esperamos que o governo faça o seu dever de casa, economizando em todas essas situações e valorizando os servidores”, frisa Manoel Miranda, presidente do Sintras.

 

Com o não cumprimento do acordo, o Sintras informou que convocará a base para assembleias gerais para discutir as ações futuras requerendo o recebimento desses direitos. Os filiados ao Sintras devem ficar atentos a editais que serão publicados informando as datas, locais e horários das assembleias.

 

Conforme o presidente Manoel Miranda, uma paralisação ou mesmo greve não serão descartadas. “Este é um governo contra o servidor, não cumpre o que promete para a categoria, está levando o caso na brincadeira, e deixando os servidores da saúde mais desacreditados nos atuais gestores desse Estado”, ressalta Miranda.

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