Após passarem a noite na Casa de Prisão Provisória de Palmas, 10 médicos e um representante comercial, que são investigados pela Polícia Federal por fraudes em licitações, começam a ser ouvidos em audiências de custódia, a partir das 9h desta quarta-feira, 8, pela Justiça Federal. Nas audiências, que podem durar o dia todo, o juiz avaliará se mantém ou não a prisão dos investigados.
A Polícia Federal pediu e o juiz decretou a prisão temporária de 13 pessoas no Tocantins na manhã de ontem, 7, durante a Operação Marcapasso, que estão envolvidos em esquema criminoso relacionado à compra superfaturada de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME’s). Outro foco da investigação foram fraudes no Plansaúde. Durante a investigação, ainda foi descoberto que houve a retirada de vários equipamentos caros do Hospital Geral de Palmas (HGP) para serem utilizados em clínicas da rede privada.
Ao todo 137 mandados judiciais foram expedidos pela 4ª Vara Criminal Federal de Palmas, sendo 12 mandados de prisão temporária expedidos, 41 mandados de condução coercitiva contra empresários e 84 mandados de busca e apreensão no Tocantins, Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Paraná, Bahia, Ceará, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A investigação começou quando os sócios da empresa Cardiomed Comércio e Representação de Produtos Médicos e Hospitalares Ltda-Epp foram presos em flagrante por terem, na qualidade de proprietários da empresa, fornecido à Secretaria de Saúde do Tocantins produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais cujos prazos de validade de esterilização estavam vencidos.
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