Após suspender emissão de CNH novamente, MPE entra com ação contra Governo

Ação denuncia que CNHs não são emitidas a mais de 60 dias por inadimplência com a empresa responsável pela execução dos serviços.

O T1 já havia noticiado a paralisação dos serviços e reclamação de usuários
Descrição: O T1 já havia noticiado a paralisação dos serviços e reclamação de usuários Crédito: Divulgação

 

Após o Governo suspender novamente a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o Ministério Público Estadual (MPE) ingressou com Ação Civil Pública contra o Estado do Tocantins, na segunda-feira, 14, solicitando a expedição de liminar que obrigue a administração pública a reestabelecer, em 72 horas, os serviços de emissão e de aplicação dos exames teórico e prático para o obtenção de CNHs.

 

Segundo o MPE, ainda é requerido que seja apresentado, também no prazo de 72 horas, um cronograma para a expedição e entrega de todas as habilitações pendentes há mais de 30 dias. Para o caso de descumprimento da eventual liminar, pede-se a imposição de multa diária de R$ 10 mil.



Na ação judicial, o promotor de Justiça Miguel Batista de Siqueira Filho aponta que a paralisação da emissão das CNHs já dura mais de 60 dias, tendo como causa a inadimplência do Estado para com a empresa terceirizada responsável pelo serviço. Esta paralisação, segundo enumera, viola princípios constitucionais da administração pública, em especial os da eficiência, da moralidade, da razoabilidade e da continuidade do serviço público.



O representante do MPE cita reportagem da mídia local, veiculada em 28 de abril, segundo a qual 12 mil CNHs encontravam-se pendentes de confecção. Deste total, só haveria plano para emitir 1.500 unidades, referentes às categorias C, D e E, o que evidencia a persistência futura do problema.



Também é citado que, no último dia 8 de maio, foi noticiada a paralisação dos serviços teórico e prático para a obtenção da certeira nacional de habilitação, para todas as categorias, no interior do Estado, também em razão de inadimplência por parte do Estado.



“O quadro evidenciado, se já se encontrava grave, tornou-se ainda pior, decorrente da paralisação de outro serviço essencial, legitimando à necessidade de intervenção ministerial e judicial, com vistas à resolutividade do problema retratado na presente ação”, justifica o Promotor de Justiça Miguel Batista no texto da Ação Civil Pública.



A ação judicial encontra-se tramitando na 2ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas.

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