Aproest encerra todas as captações hídricas na Bacia do Rio Formoso

Informação foi comunicada aos associados nesta terça-feira, 24.

Crédito: Divulgação

A Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest) comunicou a todos os seus associados na manhã desta terça-feira, 24, o encerramento de todas as captações hídricas e bombeamentos em todos os rios da Bacia do Rio Formoso a partir das 12h desta terça. Alguns rios já estavam com a captação suspensa e a partir de hoje estão inclusos os rios Urubu, Formoso, dentre outros.

 

“O parecer técnico 01/2021, emitido em 03 de maio de 2021 pela Câmara Técnica do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Formoso, que instituiu o Plano de Segurança Hídrica da Bacia do Rio Formoso (PSHBRF), previu as dificuldades para a safra de inverno em relação à oferta hídrica nas regiões de cerrado. Assim, diante do quadro hídrico atual, estamos encerrando todas as captações e bombeamento”, detalhou o presidente da Aproest, Fausto Garcia, em comunicado oficial a todos os produtores associados.

 

O presidente agradeceu aos produtores associados por terem atendido as recomendações previstas no parecer do Comitê, assim como os critérios estabelecidos pelo departamento de monitoramento da Aproest, durante todo o ciclo produtivo da entressafra, quanto ao sucesso na aplicação do sistema semafórico, além de terem priorizado o cultivo de variedades de soja para sementes de ciclo curto.

 

“Uma iniciativa inédita vem sendo realizada no Tocantins e conta com o apoio Aproest que é gestão de alto nível da Bacia do Rio Formoso. Na prática, é o monitoramento das vazões disponíveis e captações realizadas, que permite o gerenciamento hídrico de forma mais eficaz, em tempo real”, reforçou Garcia.

 

Conforme a Aproest, a segurança hídrica na Bacia se deve aos investimentos realizados pelos produtores, instituições parceiras e o Governo, ao longo dos últimos cinco anos, em equipamentos de medição de nível e vazão da água instalados nos rios e nas bombas de irrigação. Além disso, as  instituições que atuam na gestão da bacia estabelecem a cota de água permitida  para a captação no período de estiagem e fazem o monitoramento constante através da emissão de boletins diários que informam  o nível e vazão da água nos rios e a vazão que sai para as lavouras.

 

Monitoramento

 

Esse monitoramento é realizado na região Sudoeste do estado, em uma área irrigada de cerca de 130 mil hectares, onde são produzidos arroz, soja, feijão-caupi e melancia. O sistema permite monitorar a oferta e a demanda remotamente e em tempo real. “Com esse sistema, financiado pelos produtores, conseguimos fazer uma gestão de alto nível na bacia, detalhou o superintendente executivo da Aproest,  Wagno Milhomem,  acrescentando que  “nós produtores rurais reconhecemos a nossa responsabilidade no consumo de água pela atividade agropecuária. Procuramos fazê-la da forma mais racional e consciente”, disse. Ele também reforçou que os melhores resultados ocorrem quando há a adoção de tecnologias para o manejo e gestão hídrica de forma participativa e envolvendo todos os interessados. 

 

A Aproest conta atualmente com 41 produtores associados e as licenças de captação de água para irrigação concedidas aos empreendimentos agrícolas de Lagoa da Confusão e região associados à associação são todas regulares, seguindo normas e leis vigentes. “A bacia do Rio Formoso é a única bacia monitorada do Brasil na vazão e nível dos rios e na vazão das captações. O sistema semafórico vem sendo regularmente obedecido pelos associados da Aproest e os boletins de nível de água e pareceres devidamente fundamentados sobre a atual situação hídrica da Bacia estão disponíveis nos sítios eletrônicos, bem como sua projeção para os próximos dias até a suspensão total das captações em razão do volume dos rios”, finalizou o presidente da Aproest.

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