Associação diz que bombeiros têm escala desumana e análoga a de escravos

Por meio de nota, a Associação de Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-Tocantins) denunciou que a escala de bombeiros no Estado tem sido desumana e análoga a de escravos...

Comando do Corpo de Bombeiros
Descrição: Comando do Corpo de Bombeiros Crédito: Divulgação

A Associação de Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-Tocantins) prepara uma ação para pedir na Justiça providências a respeito da jornada de trabalho dos bombeiros militares do Estado. Segundo a APRA, atualmente os servidores militares do Corpo de Bombeiros estão submetidos a uma escala desumana e análoga a de escravos, chegando a trabalhar 280 horas mensais.

Conforme o presidente da APRA, CB PM João Victor, a situação já foi levada ao comandante geral do Corpo de Bombeiros, que teria alegado que, devido a aproximação do período de praias e o problema de queimadas nessa época do ano, não seria possível rever a jornada no momento.

“Estamos montando uma ação e vamos entrar com um pedido de liminar para que a Justiça possa intervir nesse caso contra essa escala que tem sido desumana”, frisou o presidente ao T1 Notícias na manhã desta quarta-feira, 4, por telefone. Conforme relatou o presidente, bombeiros que preferem não se identificar por temerem punições já teriam relatado situações de perigo devido a carga de trabalho excessiva. "Além disso muitos reclamam do estresse e que têm tido muitos problemas familiares devido a isto", frisou o representante da categoria.

Segundo o presidente, a Associação defende para todos os bombeiros militares uma escala na qual cada hora trabalhada corresponda a 3 horas de folga. A entidade defende ainda o pagamento de hora extra ao militar que ultrapassar as 180 horas mensais de serviço, conforme previsto na Constituição Federal e Legislação Militar.

O T1 Notícias encaminhou solicitação de posicionamento a respeito da situação ao Comando do Corpo de Bombeiros e aguarda resposta.

 

Confira nota encaminhada pela APRA ao T1 Notícias nesta manhã:

A Associação de Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-Tocantins), através desta nota, pede às autoridades competentes que tomem as devidas providencias quanto às escalas de serviço dos bombeiros militares do Estado. Atualmente os servidores militares do Corpo de Bombeiros estão submetidos a uma escala desumana e análoga a de escravos, chegando a trabalharem 280 horas mensais.

Diante de tal situação, a Associação defende para todos os bombeiros militares uma escala na qual cada hora trabalhada corresponda a 3 horas de folga. A entidade defende ainda o pagamento de hora extra ao militar que ultrapassar as 180 horas mensais de serviço, conforme previsto na Constituição Federal e Legislação Militar.

A APRA-Tocantins aguarda retorno positivo das autoridades quanto às possíveis soluções para o caso acima relatado e espera que o problema seja resolvido o quanto antes e da melhor forma possível. 

 

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